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Bolsonaro não reduz combustíveis porque “tem rabo preso”, diz Lula

O petista repetiu que, se for eleito, não manterá o teto de gastos: “Haverá responsabilidade social”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Lula – Palácio do Trabalhador – 12/5
1 de 1 Lula – Palácio do Trabalhador – 12/5 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O pré-candidato do PT à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (24/5), que o presidente Jair Bolsonaro (PL)  tem “rabo preso” e que falta “coragem” para mudar a política de preços da Petrobras. Segundo Lula, o atual chefe do Executivo federal não usa o poder que tem para abrir um diálogo e impedir que a estatal continue a comercializar combustíveis no Brasil com base na cotação internacional.

“O Bolsonaro precisa parar de falar bobagem, precisa parar de ficar dizendo que tem vontade de dar murro na mesa. Não é trocando o presidente [da Petrobras], não. Se a Petrobras é tão importante, assuma ele a presidência da Petrobras. O que ele tem que ter é coragem. Porque, na verdade, o que ele tem é o rabo preso aos preços internacionais”, disparou Lula, em entrevista à Rádio Mais Brasil News.

“Ele pode fazer uma reunião com o Conselho Nacional de Política Energética, trazer a Petrobras para a mesa. Traga o conselho da Petrobras e decida que o preço não será dolarizado, que nós não vamos pagar o preço internacional”, sugeriu o petista, ao comentar a nova troca de presidente da petroleira, anunciada pelo governo na noite de segunda-feira (23/5).

José Mauro Ferreira Coelho ficou apenas 40 dias no cargo. Em substituição a ele, o governo indicou agora Caio Mário Paes de Andrade, atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia. Esta foi a terceira mudança no comando da empresa durante o governo de Bolsonaro.

Teto para banqueiros

Na entrevista, Lula voltou a dizer que não dará continuidade à política de teto de gastos públicos. A medida passou a constar na Constituição Federal após ser aprovada pelo Congresso Nacional durante o governo de Michel Temer (MDB). Segundo o ex-chefe do Executivo federal, o limite de gastos do Estado somente favorece banqueiros “gananciosos”, ao impedir investimentos em políticas públicas para a população.

O controle, para o petista, é um mecanismo das “elites econômica e política” brasileiras e, em um “governo sério”, esse teto não é necessário.

“No nosso governo, haverá responsabilidade social, e não teto de gastos”, disse Lula.

“Por que aprovaram teto de gastos?”, questionou Lula. “Porque os banqueiros são gananciosos. Eles exigiram que o governo garantisse o que eles têm direito de receber e tentaram criar problemas para investimento na Saúde, na Educação, na Ciência e Tecnologia”, avaliou o petista.

“O teto de gastos foi uma forma que a elite econômica brasileira e a elite política fizeram para evitar que o pobre tivesse aumento dos benefícios, das políticas sociais, da educação e da saúde para garantir que os banqueiros não deixem de receber as coisas que o governo deve para ele.”

A política é prevista na Emenda Constitucional nº 95, aprovada em 2016. Ela estabelece um limite para os gastos da União para os 20 anos seguintes, a contar de 2017. Esse limite é definido com base no orçamento do ano anterior, corrigido todos os anos pela variação da inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior.

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