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CNBB pede que fiéis observem se candidatos defendem democracia

“Não podemos votar com o coração cheio de ódio”, disse o religioso, que preferiu não se posicionar sobre presidenciáveis Bolsonaro e Haddad

atualizado

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CNBB
Dom-Leonardo
1 de 1 Dom-Leonardo - Foto: CNBB

O secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar de Brasília, Leonardo Steiner, pediu, em nome da entidade, que a escolha dos eleitores católicos no segundo turno das eleições seja baseada na preservação da democracia. As declarações foram dadas pelo religioso, na segunda-feira (8/10), em entrevista ao portal UOL.

“Não podemos votar com o coração cheio de ódio, nem pensando que vamos mudar o Brasil de uma hora pra outra: não existem salvadores da pátria, mas uma democracia que precisa ser permanentemente construída”, defendeu Steiner.

De acordo com o bispo, esse é um tema que pode ser abordado pelos padres durante as celebrações religiosas desde que não se manifestem, nessas ocasiões, a respeito de candidaturas específicas ou partidos políticos. Condição essa imposta por lei.

“Os padres não podem, pela legislação, defender um ou outro candidato, mas podem falar sobre a importância da preservação da democracia”, disse Leonardo Steiner. “Quem orienta padres nas paróquias, entretanto, é o próprio bispo”, pontuou.

Em relação aos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) que disputam, no segundo turno, a cadeira do Executivo, Steiner evitou se posicionar. “Temos duas candidaturas à Presidência, mas somos a favor é da democracia”, disse.

“O que pedimos é que o eleitor católico observe se os candidatos pregam mais ou menos democracia. Se buscam a convivência fraterna com base na educação, no respeito e na justiça social, ou não”, afirmou o religioso.

 

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