Estudantes poderão escolher área de avaliação no Enem a partir de 2021
No primeiro dia de exame, serão cobrados conteúdos iguais a todos os candidatos. Porém, no segundo, eles optarão entre provas específicas
atualizado
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Ao anunciar nesta terça-feira (20/11) a homologação das Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, o ministro da Educação, Rossieli Soares, informou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá um novo formato a partir de 2021.
O exame continuará sendo dividido em dois dias. No primeiro, serão cobrados conteúdos iguais a todos os candidatos, seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular. Porém, no segundo, os estudantes poderão escolher a área de conhecimento da prova. Os conteúdos estarão associados ao curso pretendido pelo estudante na universidade.
A avaliação segue a mudança proposta para o ensino médio. De acordo com as novas orientações, 60% (1,8 mil horas) da carga horária dessa etapa escolar seria destinada a conteúdos comuns a todos os estudantes (formação geral básica). Os outros 40% (1,2 mil horas) seriam flexíveis, permitindo que os alunos escolham em que áreas específicas querem aprofundar os conhecimentos (chamados de itinerários formativos): linguagens; matemática; ciências da natureza; ciências humanas ou ensino técnico.
“Como mudar o ensino médio e não mudar o Enem? O exame precisa mudar, refletindo o que está sendo feito na educação. O itinerário não é só aprofundamento, é preciso fazer uma avaliação desses itinerários”, diz Soares.
Rossieli também afirmou que o governo de Jair Bolsonaro pode “avaliar eventuais mudanças” no Enem. Para que o exame seja alterado, a Base Nacional Comum Curricular precisa ser aprovada. A expectativa do ministro da Educação é que a medida esteja definida até o fim deste ano.
“As normas homologadas nesta terça serão implementadas em todo o Brasil, são diretrizes”, afirmou.