metropoles.com

Cargos vagos e confusão no MEC podem atrasar cronograma do Enem

As perguntas consideradas inadequadas pela comissão devem receber parecer do diretor de Avaliação de Educação Básica do Inep

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Enem
1 de 1 Enem - Foto: Reprodução

A confusão no Ministério da Educação (MEC) está inviabilizando até a polêmica comissão criada para analisar as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Isso pode atrasar todo o cronograma do maior vestibular do país. O grupo começou a trabalhar no dia 20 e deve terminar nesta sexta-feira (29/3) ou, no máximo, na segunda-feira (1º/4).

O problema é que as perguntas consideradas inadequadas pela comissão devem, obrigatoriamente, ter um parecer do diretor da Diretoria de Avaliação de Educação Básica (Daeb), do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep).

O diretor Paulo Roberto Cesar Teixeira pediu demissão nessa quarta-feira (27) e ninguém foi nomeado para substituí-lo. Também seria do presidente do Inep a função de dar o parecer final para saber se as questões ficam ou não na prova.

Marcus Vinicius Rodrigues, que ocupava o cargo, foi exonerado terça-feira (26) depois de desentendimento com o ministro Ricardo Vélez Rodríguez. O chefe da pasta disse que Rodrigues aprovou mudanças na avaliação para alfabetização sem o consentimento dele.

Só depois que a comissão finalizar os trabalhos é que serão escolhidas as 180 questões da prova deste ano, um trabalho demorado porque envolve análises pedagógicas e técnicas, já que o Enem segue um rigoroso método estatístico. O exame será em novembro.

Conforme noticiou o Estado com exclusividade, a função da comissão com três membros era a de fazer uma análise transversal dos chamados itens do Enem. O objetivo era o de “identificar abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais”.

Quem está assumindo as funções de presidente do Inep, embora não nomeado ainda, é o general Francisco Mamede de Brito Filho. Ele não tem experiência alguma na área da educação e nem em avaliações. O militar serviu no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e comandou o Batalhão Brasileiro no Haiti.

Compartilhar notícia