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Vélez diz que demitiu presidente do Inep porque ele “puxou o tapete”

O ministro atribuiu a saída de Marcus Vinicius Rodrigues à decisão de alterar unilateralmente medidas na área de educação básica

atualizado

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Marcello Casal Jr/Agencia Brasil
Velez
1 de 1 Velez - Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, participou nesta quarta-feira (27/3) de audiência pública na Câmara dos Deputados. O chefe da pasta respondeu a críticas sobre sua administração, como as recentes demissões, e apresentou propostas para o setor. Ao todo,15 exonerações foram realizadas em apenas três semanas.

Mais de 30 parlamentares se inscreveram na Comissão de Educação para direcionar perguntas ao ministro. O colombiano foi questionado sobre qual a influência do escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, na pasta.

O ministro disse desconhecer interferências de Carvalho no governo. “Quanto às mudanças no aparelho administrativo do MEC, tenho me pautado sobretudo por critérios administrativos, não políticos”, minimizou.

Vélez enfrenta sucessivas crises em sua pasta, como a demissão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinicius Rodrigues. Segundo o ministro, a exoneração ocorreu por que ele “puxou o tapete”.

Rodrigues acabou dispensado após suspender, até 2021, a avaliação da alfabetização de crianças. A portaria foi revogada. “O diretor-presidente do Inep puxou o tapete. Ele mudou de forma abrupta o entendimento que já tinha sido feito para a preservação da Base Nacional Curricular e fazer as avaliações de comum acordo com as secretarias de Educação”, explicou.

O deputado Marcelo Calero (PPS-RJ) reclamou das sucessivas crises que a pasta tem enfrentado nos três meses de gestão. “Estamos vendo sobre o MEC uma forte paralisia e ideologização com o sinal invertido”, criticou.

O deputado Ivan Valente (PSol-SP) sugeriu em sua fala que Vélez renunciasse ao cargo. E foi rebatido na sequência. “Não renuncio. Só apresento a minha renúncia ao presidente da República ou ele me demite”, disse.

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