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Veja como e quando vale a pena pegar o crédito como garantia de imóvel

Número de contratos de empréstimos de CGI cresceu 10% nos primeiros quatro meses deste ano, diz levantamento

atualizado

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1 de 1 moedas conta dólar dívida - Foto: Divulgação

Motivado por uma baixa taxa Selic, a taxa básica de juros, hoje em 2,25% ao ano – o menor patamar da história –, o número de contratos de empréstimos de crédito com garantia de imóveis (CGI) cresceu 10% nos primeiros quatro meses deste ano.

Entre janeiro e abril de 2019, foram realizados 4.031 contratos no país, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Neste ano, foram firmados 4.437 acordos de empréstimos de CGI.

Apesar do crescimento, o número é pequeno se comparado ao do total de casas quitadas que podem ser usadas como garantia de crédito: 48 milhões, de um total de 72 milhões, são próprias de algum morador, já pagas. Esses dados são do IBGE e se referem a 2019.

No entanto, quando vale a pena pedir um empréstimo usando o imóvel como garantia? Para o diretor de planejamento da Bcredi, Luccas Speranzini, o brasileiro tem aproveitado pouco. “Ele usa muito pouco esse potencial de crédito com garantia de imóvel.”

Dados da Bcredi apontam que se os proprietários de imóveis que atualmente estão endividados com outras linhas de crédito trocassem o crédito convencional pelo CGI, poderiam economizar, em média, R$ 6 mil por ano.

O crédito com garantia de imóvel, segundo levantamento da Bcredi, traz um benefício de mais de 80% de juros mais baixo que outras modalidades, inclusive do cheque especial. Além disso, as comprovações são flexíveis: feitas por extratos bancários, holerites e imposto de renda.

Por sua vez, a planejadora financeira CFP Gabriela Vale, sócia da Libratta, alerta para o risco da operação, que, segundo ela, deve ser vista como uma das últimas no mercado financeiro.

Em tese, o crédito com garantia de imóvel apresenta baixas taxas de juros se comparadas, por exemplo, às do cheque especial e mesmo do crédito consignado. Isso acontece porque o consumidor oferece o próprio imóvel como garantia. Caso não consiga pagar, irá perder o bem.

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Gabriela explica que, normalmente, as pessoas que procuram o CGI estão completamente endividadas, ou seja, em busca de um “último respiro”. Ela alerta, nesse sentido, que, se a pessoa não muda o comportamento financeiro, está dando um tiro no pé.

“Tem que ser uma linha muito, muito, muito bem pensada. Se a pessoa for pegar para resolver problemas de dívidas, principalmente, tem que mudar o comportamento financeiro, porque, senão, em pouco tempo ela se endivida novamente e perde a casa”, analisa a especialista.

Consultor e sócio diretor da Plano, empresa de consultoria de finanças pessoais, José Leonardo destaca para a facilidade e compensação trazida pelo crédito com garantia de imóvel. No entanto, recomenda certos cuidados a serem feitos na operação.

“O risco existe. O imóvel pode ser tomado – até por isso é mais barato. Em outros créditos, como o CDC, por exemplo, esse risco não existe, pois a pior coisa que acontece quando se deixa de pagar é a negativação do nome e a possibilidade de a dívida vir a ser judicializada”, afirma.

“O recomendando, sempre que for atrás de qualquer tipo de crédito, é que se conheça o próprio orçamento, as próprias finanças, e tenha segurança que não terá dificuldade para arcar com isso durante toda a linha do tempo que se está tomando o crédito”, diz.

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