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Petrobras pode mudar frequência de reajustes e política de preços

Alterações seriam justificadas pela imagem da estatal e pelo peso que a petroleira tem no mercado

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Mangueiras azul e amarela
1 de 1 Mangueiras azul e amarela - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Petrobras deve mudar a frequencia de reajustes, e possivelmente, em tempos de crise, até a política de preços. Hoje, a petroleira trabalha com a paridade internacional de preços, que considera o valor do barril nagociado internacionalmente e o preço do dólar para compor o valor do petróleo produzido.

A indicação de Caio Mario Paes de Andrade para a presidência da estatal é um sinal de que essa política pode mudar. Segundo o jornal Estadão, a obrigação de a Petrobras ter gestão de empresa privada seria contornada para que a imagem da companhia melhorasse, como é feito em tempos de crise em qualquer área. E por ser tão dominante, a gigante do petróleo teria a possibilidade de fazer concessões, já que o impacto de sua política atinge a inflação em particular e a economia como um todo.

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Em tempos de crise causada pela guerra na Ucrânia, o valor do petróleo disparou, o dólar já estava bastante alto, que juntos encareceram os combustíveis em território nacional.

O presidente Bolsonaro (PL) quer que os preços não aumentem tanto, e deseja reduzir a frequência dos reajustes da Petrobras. Para isso, a estatal pode até mudar o estatuto da empresa.

Paralelamente, a empresa bateu lucro recorde no primeiro trimestre, R$ 44,56 bilhões, mais de 3000% em comparação ao mesmo período em 2021. O governo enxerga que a estatal “poderia dar a sua contribuição neste momento”.

Contra

Contrários à redução da frequência de reajustes argumentam que a empresa precida chegar ao dia 31 de dezembro com o preço na média da paridade internacional. Segurar os reajustes impediriam esse compromisso de acontecer. Para mudar isso, seria necessário mudar o estatuto da companhia para remover a obrigação do governo de indenizar a petroleirapor custos advindos dessa política.

O governo nega se distanciar da retórica pró-mercado, reforçando na nota de Ministério de Minas e Energia, em que o ministro Adolfo Sachsida reafirmou o compromisso de respeito à governança da companhia, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que guiam a Petrobras. O anúncio dos estudos para a privatização da petroleira reforçaria esse ponto de vista.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), afirmou em entrevista ao SBT News que, apesar da independência na gestão da estatal, ela deve estar “completamente alinhada” com o ministério. Disse tambpem que o foco do governo é reduzir os preços dos combustíveis.

A alta dos preços dos combustíveis e outros itens poderia ameaçar a reeleição do presidente Bolsonaro. O presidente já foi alertado sobre isso, inclusive. Apesar do que analistas apontam, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem um discurso mais liberal, não oferece resistência nessa pauta. Pelo contrário, o ministro e auxiliares apontam que a empresa pode contribuir no cenário em que o governo já reduziu tributos.

Mas o ministro é contrário de conceder subsídio, que é defendido por aliados do presidente. Ciro Nogueira disse que é uma alternativa, mas que Guedes não aprova. “Não posso externar se eu sou a favor ou contra. Eu sou fiel à política econômica do presidente e ele tem demonstrado que tem confiança total no ministro Paulo Guedes. Temos que reforçar essa visão que é majoritária no governo atualmente”, disse.

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