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Guedes critica pedidos de reajuste salarial para o funcionalismo

“É como se falasse: já consegui a vacina, agora me dá aqui o que eu perdi”, afirmou o ministro da Economia

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Paulo Guedes em coletiva de imprensa
1 de 1 Paulo Guedes em coletiva de imprensa - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Depois de ceder à pressão do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o reajuste dos salários dos policiais e de carreiras do Ministério da Justiça, o ministro Paulo Guedes (Economia) reclamou dos pedidos de governos regionais para voltarem a conceder reajustes ao funcionalismo.

“É como se falasse: já consegui a vacina, agora me dá aqui o que eu perdi. Mas dar o quê? Perdeu Numa guerra a gente perde”, afirmou.

O ministro também lembrou que o compromisso motivado pela pandemia de não reajustar salários acaba em 31 de dezembro.

Nesta semana, Guedes enviou um ofício ao Congresso pedindo que sejam reservados R$ 2,5 bilhões no Orçamento de 2022 para reajustes salariais em ano eleitoral.

Teto fragilizado

No documento, o ministro defende a reserva e destaca a necessidade dos R$ 2,5 bilhões para despesas primárias, que fragilizam o teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação.

Outros R$ 355 milhões são para despesas financeiras, que não estão embaixo do teto. A reserva deve pagar a contribuição da União para o regime previdenciário desses servidores.

Na segunda-feira (13/12), ele também recebeu autoridades das polícias pedindo o reajuste salarial. Na caravana, juntaram-se o ministro da Justiça, Anderson Torres, os diretores-gerais da Polícia Federal, Paulo Maiurino, da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Marques, e do Departamento Penitenciário, Tânia Fogaça.

A turbinada no salário da classe policial tem apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro.

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