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Dólar cai a R$ 3,84 por trégua em guerra comercial

Além da trégua entre China e EUA, o movimento reflete entendimento entre Rússia e Arábia Saudita para estabilizar os preços do petróleo

atualizado

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MICHAEL MELO/METRÓPOLES
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Ditado pelo bom humor externo, o dólar sustentou queda durante todo o dia e encerrou o primeiro pregão de dezembro nesta segunda-feira (3/12) aos R$ 3,8411, em queda de 0,46%, após ter renovado máximas próximo do fechamento. Além da trégua anunciada entre China e Estados Unidos, o movimento reflete sinalizações de entendimento entre Rússia e Arábia Saudita para estabilizar os preços do petróleo. O acordo levou os contratos futuros da commodity a subirem cerca de 4% e favoreceu as moedas ligadas ao petróleo.

Após ter atingido a mínima do dia próximo das 12h, aos R$ 3,8169, o dólar se afastou desse patamar ao longo da tarde e chegou a renovar máximas minutos antes do fechamento, ainda em queda. No patamar mais alto intraday, tocou os R$ 3,8466 (-0,32%).

O movimento do câmbio foi ditado pelo cenário externo. A trégua entre EUA e China retirou incerteza dos mercados globais e melhorou os ânimos. Além disso, o dólar ganhou impulso com a recuperação do petróleo. Nesse fim de semana, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que seu país e a Arábia Saudita concordaram em estender os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar os mercados da commodity. Isso favoreceu as moedas ligadas ao petróleo ao redor do mundo.

Após ter acumulado perdas de mais de 20% em novembro, o petróleo Brent para fevereiro subia 4,12% no fim da tarde. E os contratos negociados na Nymex para janeiro subiam 4,22%. A correção só não foi maior, aponta um operador, por conta da notícia de que o Catar decidiu deixar a Opep a partir de 1º de janeiro. “Ainda há dúvidas sobre a real motivação e as consequências”, explica esse profissional.

Boas perspectivas
Além disso, o aumento do apetite por risco nas últimas semanas melhorou o cenário para emergentes. Operadores ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, destacam que, com o desanuviamento da questão entre China e Estados Unidos e após as sinalizações do Federal Reserve de que o aperto monetário pode estar próximo do fim, a perspectiva para esse grupo de países melhorou. “Temos um viés positivo para risco. Tem bastante suporte para manter esse cenário de dólar para baixo, na casa dos R$ 3,80”, destaca o operador da corretora Hcommcor, Cleber Alessie Machado Neto.

Machado Neto destaca que, diante da perspectiva de noticiário doméstico fraco nesse fim de ano, a tendência é que os movimentos externos continuem a ditar o ritmo dos ativos brasileiros. Isso porque a moeda brasileira perdeu a resiliência que demonstrou antes do período eleitoral, à medida que não há ainda perspectivas mais concretas de melhora para o cenário fiscal e as sinalizações do governo eleito sobre os rumos da economia já foram precificadas.

“A resiliência do câmbio e da bolsa vista no período pré-eleição se diluiu. Enquanto não tiver expectativas mais ancoradas em relação à dificuldade fiscal, não tem por que aumentar a resiliência da moeda, ficamos reféns do mercado externo”, diz o operador da Hcommcor.

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