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Com pressão de ambientalistas, leilão das áreas de petróleo da ANP fracassa

De acordo com ativistas, os blocos estão próximos de importantes áreas ambientais, como o Parque Nacional de Fernando de Noronha

atualizado

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Fernando de Noronha
1 de 1 Fernando de Noronha - Foto: Getty Images

De 92 blocos ofertados para a exploração de petróleo e gás natural, foram arrematados somente cinco no leilão desta quinta-feira (7/10) da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Nove empresas se inscreveram para participar da disputa.

Os blocos eram distribuídos em 11 setores das bacias Campos, Pelotas, Potiguar e Santos. Ao todo, o certame arrecadou R$ 37,140 milhões em bônus de assinatura.

O leilão teve nove empresas inscritas, mas apenas duas apresentaram lances: Shell e Ecopetrol. A licitação marcou o início da oferta de uma nova área de exploração no Brasil, com blocos mais distantes da costa.

ANP X ambientalistas

O certame ocorre diante de protestos de ambientalistas contra a venda das áreas exploratórias. De acordo com ativistas, os blocos estão próximos de importantes áreas ambientais, como o Parque Nacional de Fernando de Noronha.

Mesmo diante de uma ação civil pública, movida por várias entidades que representam o meio ambiente, para tentar frear o leilão, ele ocorreu. Durante a licitação, houve uma manifestação em frente ao local, na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Ambientalistas afirmam que os blocos estão em berçários de vida marinha, áreas importantes para o ecossistema e para o recife do Brasil.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) se manifestou por meio de uma nota técnica.

“Considerando a propagação por longas distâncias de ondas sísmicas, a grande mobilidade de algumas espécies marinhas, a ação das correntes marítimas sobre a propagação do óleo e o histórico de invasão de espécies exóticas, associadas às atividades de exploração de petróleo e gás, toma-se temerária a inclusão dos blocos exploratórios da Bacia Potiguar”, disse a associação.

 Em resposta ao ICMBio, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), pronunciou-se pelas redes sociais.

“É preciso ter em vista os impactos que são gerados nessa fase, com significativa influência sobre a biodiversidade marinha. Principalmente quando uma das áreas escolhidas para a prospecção fica próxima ao Arquipélago de Fernando de Noronha, uma zona de proteção ambiental de importante significado para Pernambuco e para o Brasil”, comentou o governador.

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