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Brasil fecha mais de 20 mil vagas de empregos formais em 2017

Governo comemora o número, que representa redução de apenas 0,5% em relação ao estoque de dezembro de 2016

atualizado

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Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
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1 de 1 carteira_empre_data3 - Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

O governo federal divulgou nesta sexta-feira (26/1) a performance do mercado de trabalho em 2017. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam o fechamento de 20.832 vagas de empregos. O número representa uma redução de apenas 0,5% em relação ao estoque de dezembro de 2016, quando o desemprego bateu recorde e 1.326.558 pessoas ficaram sem uma ocupação formal no país.

O total de postos de trabalho fechados é a diferença entre as contratações (14.635.899) e as demissões (14.656.731) registradas no ano de 2017. Esse foi o terceiro ano consecutivo com perda de vagas formais. Apesar disso, o resultado do ano passado foi o melhor em três anos, ou seja, desde 2014 – quando foram criadas 420,6 mil oportunidades.

O ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura, considerou os indicadores positivos para a situação econômica brasileira. “Para os padrões do Caged, esta redução em 2017 é equivalente à estabilidade do nível de emprego, confirmando os bons números do mercado na maioria dos meses do ano passado e apontando para um cenário otimista neste ano que está começando”, afirmou.

Yomura comemorou a diminuição. “Aqueles [de 2016] foram os piores resultados da série histórica do Caged, mas em 2017 o impacto positivo das medidas do governo já foi sentido, revertendo a tendência de retração do mercado de trabalho formal”, disse o ministro.

Áreas que mais contratam
Conforme o Caged, no ano passado, a geração de empregos formais foi liderada pelo comércio, com saldo positivo de 40.087 postos de trabalho formais. Resultado bem superior aos de 2016, quando foram registradas perdas de 197.495 vagas, e de 2015, quando houve redução de 212.756 posições no setor.

Também houve saldo positivo na agropecuária, que abriu 37.004 postos em 2017, revertendo a queda de 2016 (-14.193 vagas), e em serviços, com 36.945 novas oportunidades, interrompendo as diminuições de 2016 e 2015 (-392.574 e -267.927, respectivamente).

Já a construção civil e a indústria de transformação tiveram as maiores reduções em 2017 (-103.968 e -19.900 postos, respectivamente). Ainda assim, os resultados foram melhores do que em 2016 (-361.874, na construção civil, e -324.150 vagas na indústria de transformação) e 2015 (-416.689 e -612.219, na mesma ordem).

O ano foi positivo para o mercado de trabalho de 15 unidades da Federação. O destaque foi para Santa Catarina (29.441 postos), Goiás (25.370 postos), Minas Gerais (24.296 postos), Mato Grosso (15.985 postos) e Paraná (12.127 postos).

Entre aquelas que tiveram redução no número de vagas formais, Rio de Janeiro (-92.192 postos), Alagoas (-8.255 postos), Rio Grande do Sul (-8.173 postos), Pará (-7.412 postos) e São Paulo (-6.651 postos) tiveram os resultados mais expressivos. “São estados que, nos dois anos anteriores, tiveram resultados bem piores. No Rio de Janeiro, por exemplo, as perdas foram de 238.528 em 2016 e 183.151 em 2015”, destacou Helton Yomura.

Salários
A remuneração média em todo o país fechou 2017 com crescimento. O salário médio de admissão em dezembro de 2017 foi de R$ 1.476,35, e o de demissão, R$ 1.701,51.

Com ajuste pela inflação medida pelo Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC), os ganhos reais foram de R$ 45,41 (+3,17%) para o salário de admissão e R$ 26,29 (-1,52%) para o salário de desligamento, em relação a dezembro de 2016.

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