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Bolsa opera em alta em dia de anúncio de ministros e queda na Copa

Negócios refletem desempenho das ações das commodities e permaneceram positivos após a indicação de Haddad para o Ministério da Fazenda

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Pessoas observam o telão da Bolsa de Valores, a B3, na Rua XV de Novembro, região central de São Paulo 1
1 de 1 Pessoas observam o telão da Bolsa de Valores, a B3, na Rua XV de Novembro, região central de São Paulo 1 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A Bolsa de Valores opera em alta na tarde desta sexta-feira (9/12). Ela vem sendo sustentada, observam analistas, pelo bom desempenho de ações ligadas às commodities. O índice manteve-se positivo após a indicação de cinco ministros do governo Lula, o que incluiu a confirmação de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda.

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles definiu como “boa” a escolha de Haddad para a pasta. “Ele tem a confiança de Lula”, destacou. Quanto a uma eventual saída para o impasse fiscal provocado pela PEC da Transição, ele ponderou: “Vamos aguardar as decisões do próprio Haddad”.

Meirelles, que presidiu o Banco Central (BC) entre 2003 e 2010, durante a gestão de Lula, teve o nome cogitado para ocupar um Ministério no próximo governo. Na prática, ele ainda é um candidato em potencial a um cargo no primeiro escalão.

Em geral, o mercado agasalhou a indicação de Haddad. Agora, espera as nomeações dos secretários e dos outros ministros da área econômica.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) desejou sucesso ao futuro ministro da Fazenda. O texto, assinado pelo presidente da entidade, Isaac Sidney, afirma que se trata de “um político experiente, afeito ao diálogo e com qualidades reconhecidas”. “Haddad já assumiu o compromisso com o crescimento, a agenda social e a responsabilidade fiscal como demonstrou em discurso durante o almoço anual de dirigentes de bancos, em 25 de novembro”, afirmou Sidney.

Na avaliação do economista-chefe da Economatica, Fabrício Silvestre, o nome de Haddad foi recebido com “serenidade” pelos analistas, pois ele já figurava como o “mais cotado para a posição”. No jargão do mercado, a escolha estava “precificada”. “E ele vem como candidato para a eleição presidencial de 2026”, disse. “Para isso, vai precisar entregar bons resultados e atrair um público que não esteja restrito ao PT.”

Na Europa, as bolsas também fecharam em alta, refletindo um relaxamento da política de “Covid-zero” adotada na China. Na próxima semana, porém, a previsão é de agitação com a reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, na quarta-feira (14/12), além de encontros do Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira (15/12).

Se esses bancos centrais, notadamente o Fed, aumentarem as taxas de juros além do esperado pelo mercado, isso indicará um menor crescimento do produto desses países e da região do euro, que, ao lado da China, são os carros-chefes da economia mundial.

 

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