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Alta da inflação é mundial e não tem a ver com Bolsonaro, diz Guedes

Segundo o ministro da Economia, o Brasil está crescendo menos este ano exatamente por “ter agido antes” e que inflação vai cair em 2023

atualizado

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Bolsonaro – Guedes
1 de 1 Bolsonaro – Guedes - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (11/3) que o movimento de alta da inflação vivido pelo Brasil não é exclusivo do país, mas, sim, um fenômeno mundial. Segundo ele, portanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve ser responsabilizado pelas altas.

“Vejam, a inflação é mundial, não tem nada a ver ‘ah, o governo Bolsonaro’. Não. O mundo sofreu um choque adverso”, afirmou durante cerimônia, no Palácio do Planalto, que lançou o novo programa do governo voltado à produção nacional de fertilizantes (leia mais abaixo).

De acordo com Guedes, o Brasil está crescendo menos este ano exatamente por “ter agido antes”. Ele lembrou que o governo reduziu o déficit fiscal e que o Banco Central subiu os juros para enfrentar a inflação antes de outros países.

“A inflação vai subir de novo ano que vem? Não. Vai descer porque agimos primeiro”, prosseguiu, ressaltando que o governo tem controlado a inflação por meio do corte de tributos.

Em seu discurso, o ministro disse que a economia brasileira “cresceu muito mais” sem a existência de um Ministério do Planejamento – extinto no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar de não existir mais, a ala política do governo pressiona o chefe do Executivo para desmembrar o atual Ministério da Economia e recriar a pasta.

“Nós não podemos esperar um ministro do Planejamento resolver o futuro do Brasil. Essa é uma visão arcaica. Aliás, o Brasil cresceu muito mais quando não tinha Ministério do Planejamento. Crescia 7,5% ao ano. Depois, criou o Ministério do Planejamento e passou a crescer 5%, 3%, 2% e zero”, afirmou.

Programa nacional de fertilizantes

Em meio ao temor de que o conflito entre Rússia e Ucrânia afete a agricultura brasileira, o governo federal lançou um programa para estimular a produção nacional de fertilizantes.

O Brasil depende, em parte, do fornecimento da Rússia para disponibilizar o material à agricultura nacional e a guerra no Leste Europeu dificulta a importação do produto. A Rússia fornece 23% dos fertilizantes importados pelo Brasil.

Fertilizantes químicos são usados pelos agricultores para aumentar a produtividade do solo. De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil é o quarto consumidor mundial de fertilizantes e importa cerca de 80% do volume utilizado na produção agrícola. Entre 2020 e 2021, a importação brasileira de fertilizantes da Rússia cresceu 22%.

Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos, mais de 85% dos fertilizantes utilizados no país são importados, evidenciando um elevado nível de dependência de importações em um mercado dominado por poucos fornecedores.

O plano visa reduzir a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados e mitigar as vulnerabilidades decorrentes da importação dos insumos. Pretende-se diminuir a dependência de importações, em 2050, de 85% para 45%, mesmo que dobre a demanda por fertilizantes.

Por meio do programa, será realizado um mapeamento geológico do país para descoberta dos minerais necessários para a produção dos fertilizantes, como potássio e fósforo. O plano ainda define metas para os próximos 28 anos, até 2050. Além da atração de investimentos, a ideia é investir em inovação e promover novas tecnologias.

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