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Inflação de fevereiro fica em 1,01%, maior para o mês desde 2015

Aumento foi puxado pelos grupos de educação e alimentação e bebidas. O IBGE divulgou os dados nesta sexta-feira (11/3)

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Goiânia (GO) 20/12/2021 Apesar da inflação que encarece os produtos alimentícios, supermercados esperam alta nas vendas de natal em 2021
1 de 1 Goiânia (GO) 20/12/2021 Apesar da inflação que encarece os produtos alimentícios, supermercados esperam alta nas vendas de natal em 2021 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 1,01% em fevereiro. Essa é a maior variação para o mês de fevereiro desde 2015, quando ficou em 1,22%.

Houve aumento de 0,47 ponto percentual em relação a janeiro, mês em que o índice parou em 0,54%. Já em fevereiro de 2021, a variação havia sido de 0,86%.

No ano, o IPCA acumula alta de 1,56% e, nos últimos 12 meses, de 10,54%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todos os grupos de produtos e serviços registraram alta no segundo mês de 2022. O maior impacto (0,31 ponto percentual) e a maior variação (5,61%) vieram da educação. Nesse grupo são incorporados os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo.

Na sequência, aparece o grupo alimentação e bebidas (1,28%), que acelerou em relação a janeiro (1,11%) e contribuiu com 0,27 ponto percentual. Destacam-se os aumentos nos preços da batata-inglesa e da cenoura, que tiveram aumento de 23,49% e 55,41%, respectivamente.

Transportes (0,46%), cuja variação havia sido negativa em janeiro (-0,11%), e habitação (0,54%) também se destacaram.

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Inflação de 2021 e 2022

A inflação oficial fechou o ano de 2021 com aumento de 10,06%, a maior taxa desde 2015, quando foi de 10,67%. Também houve estouro do sistema de metas. No ano passado, o alvo central para a inflação era de 3,75%, com margem de tolerância entre 2,25% e 5,25%.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, atribuiu o estouro da meta de inflação em 2021 a uma mistura de fatores: criação da bandeira de energia elétrica de escassez hídrica, alta das commodities e falta de insumos para as cadeias de produção.

Para 2022, a meta central para o IPCA é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Para controlar a inflação, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic, que está atualmente em 10,75% ao ano. A projeção do mercado é de Selic em 12,25% ao ano no fim 2022.

A média das expectativas do mercado para a inflação de 2022 está em 5,65%, mas vários analistas já projetam um IPCA acima de 6% no ano. Caso isso aconteça, pode haver estouro do teto do sistema de metas pelo segundo ano seguido.

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