Agentes do mercado elevam estimativas para inflação e juros em 2022
Mercado vê estouro da meta de inflação novamente. Enquanto isso, expectativas para o dólar ao fim deste ano melhoraram
atualizado
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O mercado financeiro elevou pela quinta semana consecutiva a projeção sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação, em 2022. A projeção passou de 5,44%, na semana passada, para 5,5%, nesta semana. Já a expectativa para a inflação em 2023 se manteve em 3,5%.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo variar entre 5% e 2%. Caso se confirme a estimativa do mercado, a inflação deve ficar fora do intervalo pelo segundo ano seguido. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.
Também foi elevada a previsão para a Selic em 2022, de 11,75% ao ano para 12,25%. Em 2023, espera-se que a Selic fique em 8%, a mesma expectativa da semana passada.
No início de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75%. O aumento levou a taxa ao maior patamar em quatro anos.
As estimativas estão no Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC) após consultas a economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil.
PIB e dólar
Os agentes do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central mantiveram as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A expectativa é que a economia brasileira cresça somente 0,3% este ano.
Para 2023, a previsão caiu pela quarta semana e saiu de 1,53% para 1,5%.