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Doria teme novo recuo do Ministério da Saúde na compra da Coronavac

Expectativa é de que o governo federal formalize o pedido de vacinas de maneira “irrevogável” na sexta-feira (18/12)

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
governador joão doria
1 de 1 governador joão doria - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria, teme que o Ministério da Saúde recue novamente na intenção de compra da Coronavac. A expectativa dele é de que o governo federal envie até sexta-feira (18) um documento oficial “em caráter permanente e irrevogável”.

Apenas após a assinatura desse acordo São Paulo tomará decisões sobre ações futuras em relação ao imunizante contra a Covid-19 produzido pelo Instituo Butantan e pela chinesa Sinovac.

Em outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou um termo de intenção de compra com o Butantan, mas recuou no dia seguinte, após ter sido desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro. Na época, o presidente disse que o país não compraria a “vacina chinesa”.

Em novembro, Bolsonaro admitiu possibilidade de compra da vacina do Butantan, mas não entrou em contato com o instituto. Neste mês, após pressão política, o ministro da Saúde voltou a fazer contato em busca da vacina paulista.

“Precisamos de um documento firme. O governo federal já assinou com a Pfizer e a Astrazeneca, mas ainda não encaminhou a um laboratório nacional”, reclamou o governador João Doria.

Ainda que o governo federal compre a vacina, se a previsão for imunizar em fevereiro, o governo de São Paulo vai manter o calendário de vacinação para iniciar em 25 de janeiro.

“São Paulo não vê nenhuma razão para fazer em fevereiro o que podemos fazer em janeiro. Cada dia que passa conta. Por que esperar se podemos abreviar?”, questiona o governador.

O estado só seguirá o Ministério da Saúde se o Plano Nacional de Imunização for iniciado antes de 25 de janeiro.

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