Dom e Bruno: indigenistas pedem Garantia da Lei e da Ordem no AM
Para a Univaja, essa seria uma forma de fortalecer órgãos como Ministério Público, Polícia Federal e Funai serem fortalecidos
atualizado

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) quer que seja instaurada a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na região do Alto Solimões, no Amazonas, após o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no Vale do Javari.
Integrantes da entidade conversam com deputados federais sobre o assunto. Além disso, a Univaja tenta convencer o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a defenderem a ideia.

Arquivo pessoal

Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados Divulgação

Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros Divulgação/Funai

Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno Redes sociais/reprodução

O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso Erlon Rodrigues/PC-AM

A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru Arte/Metrópoles

Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína Adam Mol/Funai/Reprodução

Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito” Reprodução/Twitter/@andersongtorres

Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa Twitter/Reprodução
As missões de GLO são consideradas quando as forças tradicionais de segurança pública não conseguem resolver graves situações de perturbação da ordem. No geral, as operações nesse sentido dão aos militares, de forma provisória, a possibilidade de atuar como polícia.
Na prática, os indigenistas querem que o governo estadual decrete a GLO. Do prisma da Univaja, essa seria uma forma de fortalecer órgãos como Ministério Público, Polícia Federal e Fundação Nacional do Índio (Funai).
A GLO daria, segundo a Univaja, robustez às investigações. A associação discorda que o crime tenha sido motivado por vingança pessoal, como defende a Polícia Federal.
Caso Dom e Bruno
O desaparecimento e as mortes de Dom e Bruno no Amazonas desencadearam uma série de reações de todos os níveis. As vítimas sumiram em 5 de junho, durante deslocamento.
De acordo com informações da corporação, oito pessoas estão sendo investigadas. Três delas foram presas: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha.
A Polícia Federal apura o que de fato motivou o crime. Pelado participou dos trabalhos de reconstituição do caso.
O Instituto Nacional de Criminalística realiza exames periciais no sangue encontrado na lancha de Pelado e nos restos mortais localizados na região do desaparecimento.
Na tarde de sexta-feira (17/6), os resultados da análise confirmaram que parte dos materiais humanos resgatados do local apontado por Pelado são de Dom Phillips e de Bruno Pereira.
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