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Bolsonaro tenta sabotar medidas contra Covid-19, diz Human Rights Watch

Relatório da organização divulgado nesta quarta-feira (13/1) também critica a atuação do presidente na área ambiental e na segurança pública

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Myke Sena/ Especial Metrópoles
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A organização não governamental de direitos humanos Human Rights Watch criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela atuação na pandemia de Covid-19 no Brasil.

No Relatório Mundial 2021, divulgado nesta quarta-feira (13/1), o trecho referente ao Brasil afirma que o mandatário tentou sabotar os esforços para retardar a disseminação da Covid-19 no país. A ONG lembra que Bolsonaro chamou a doença causada pelo novo coronavírus de “gripezinha” e disseminou informações enganosas.

A entidade também afirma que Bolsonaro adotou outras políticas que atentam contra os direitos humanos e que o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras instituições democráticas foram “forçados a intervir” para proteger esses direitos.

“O governo Bolsonaro promoveu políticas contra os direitos das mulheres e os direitos das pessoas com deficiência, atacou repórteres e grupos da sociedade civil e enfraqueceu a aplicação da lei ambiental, dando sinal verde às redes criminosas que se engajam no desmatamento ilegal na Amazônia e ameaçar e atacar os defensores da floresta”, diz um trecho.

Para Anna Livia Arida, Diretora Associada da Human Rights Watch para o Brasil, é preciso que as instituições brasileiras continuem vigilantes.

“O presidente Bolsonaro colocou a vida e a saúde dos brasileiros em grande risco ao tentar sabotar os esforços de proteção contra a disseminação da Covid-19”, disse Anna. “O Supremo Tribunal Federal e outras instituições ajudaram a proteger os brasileiros e a bloquear muitas políticas que atentam contra direitos, embora não todas. Eles precisam permanecer vigilantes. ”

Meio ambiente e segurança pública

O Human Rights Watch também afirma que o governo brasileiro promoveu políticas que contribuíram para a destruição da floresta amazônica. Segundo a organização, os incêndios na Amazônia são intencionalmente feitos para limpar terras, em grande parte ilegalmente.

“As políticas do presidente Bolsonaro têm sido um desastre para a floresta amazônica e para as pessoas que a defendem”, disse Arida. “Ele culpa povos indígenas, organizações não governamentais e moradores locais pela destruição ambiental, em vez de agir contra as redes criminosas que são a força motriz da ilegalidade na Amazônia.”

A entidade alega ainda que o chefe do Executivo não conseguiu lidar com a violência policial e às vezes até a encorajou.

Segundo a Human Rights Watch, o governo Bolsonaro também não tratou da superlotação nas prisões, mas o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cumpriu seu papel ao recomendar a juízes que reduzissem prisões provisórias durante a pandemia e considerassem a saída antecipada de alguns detentos.

O relatório também elogia o papel desempenhado pela mídia independente brasileira, que, segundo a organização, “também desempenhou um papel importante ao continuar informando o público, proporcionando um fórum para debate público e servindo como um controle sobre os poderes do governo, apesar da estigmatização, bullying e ameaças de ação judicial contra eles por parte da administração Bolsonaro”.

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