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Desembargador do caso Tacla Duran pede afastamento da Lava Jato

Marcelo Malucelli, do TRF4, se declarou que suspeito para analisar recursos de investigados na Lava Jato

atualizado

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Reprodução/TRF-4
Desembargador Marcelo Malucelli - Metrópoles
1 de 1 Desembargador Marcelo Malucelli - Metrópoles - Foto: Reprodução/TRF-4

O desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), pediu, nesta quinta-feira (20/4), afastamento da relatoria de processos da Operação Lava Jato.

Na decisão, o magistrado se declarou suspeito para analisar os recursos de investigados na segunda instância.

A declaração ocorreu após Malucelli passar a responder nesta semana a um processo aberto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar se o magistrado descumpriu decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a investigação envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em um dos processos da Lava Jato.

Ao proferir uma decisão envolvendo Duran, o desembargador foi acusado de ter relações pessoais com a família do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR), fato que o impediria de analisar o caso.

“Ante a ocorrência de circunstâncias posteriores à data em que assumi os processos oriundos da presente operação, em trâmite junto ao Juízo Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e que se relacionam com a integridade física e moral de membros da minha família, declaro minha suspeição superveniente, por motivo de foro íntimo, para atuar neste e em todos os demais processos relacionados por prevenção, a partir desta data”, argumentou Malucelli.

Acusação

No mês passado, durante audiência com o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, Tacla Duran disse que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu.

Duran disse que foi procurado por uma pessoa que atuou como cabo eleitoral da campanha Moro e um advogado ligado à esposa dele, Rosangela Moro, que teria oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações.

A partir das menções, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo, tribunal responsável pela análise de questões envolvendo parlamentares com foro privilegiado.

Após a divulgação do depoimento, o senador Moro disse que não teme qualquer investigação: “Desde 2017 [Tacla Duran] faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou”.

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