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Delegado classifica execução de Marielle Franco como “crime de ódio”

Um policial militar reformado e um ex-PM foram presos na manhã desta terça-feira (12/3) suspeitos de executarem a parlamentar

atualizado

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Mídia NINJA
Foto colorida de Marielle Franco - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Marielle Franco - Metrópoles - Foto: Mídia NINJA

O delegado responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Giniton Lages, classificou como “crime de ódio” a execução. A relação foi feita, pois, segundo ele, o atirador, o policial reformado Ronnie Lessa, atuou por motivo torpe. “Essa é a forma como ele age, como ele resolve uma situação”, explicou Lages.

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (12/3), a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro deu detalhes sobre as investigações que levaram à prisão de Ronnie Lessa, de 48 anos, e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, 46. Em quase um ano de trabalho, foram ouvidas 230 testemunhas, conforme informou o delegado Lages.

A polícia deu detalhes do dia do crime e da atuação dos criminosos. Um carro clonado foi usado para a execução da parlamentar e do motorista dela. O veículo saiu do quebra-mar da Barra da Tijuca e após dar duas voltas na rua onde Marielle participava de um evento, ficou estacionado por mais de duas horas enquanto aguardava a parlamentar. Enquanto isso, “o verdadeiro carro, que tem GPS, estava na garagem de um prédio na zona sul”, segundo Lages.

Pela forma como o crime ocorreu, Giniton afirmou que os criminosos tinham bastante segurança sobre o que faziam e sabiam exatamente das coordenadas onde o crime ocorreria, pois, em determinado momento, o veículo clonado se afastou do carro onde estavam Marielle e Anderson. As principais informações, segundo o delegado, que levaram à prisão dos suspeitos foram colhidas nas horas que antecederam a execução.

Operação Lume
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro fizeram uma operação nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (12) para prender os dois suspeitos de envolvimento nos assassinatos de Marielle e de Anderson. Ao todo, foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão em diversos endereços.

O sargento Lessa, apontado como o atirador, foi preso em casa, no mesmo condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem um imóvel, na Barra da Tijuca. Ele entrou na lista de suspeitos após ser vítima de uma emboscada, em 28 de abril, 30 dias depois do assassinato da vereadora. O militar recebeu, em 1998, moção de aplausos, congratulações e louvor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Já o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, 46, que dirigia o carro usado no dia do crime, saía para trabalhar quando foi surpreendido pelos agentes.

Após a quebra do sigilo dos dados digitais de Lessa, foi identificado que o suspeito pesquisou na internet informações sobre Marielle e Marcelo Freixo (PSol), então deputado estadual. Essas buscas tiveram início em outubro de 2017, cinco meses antes do crime. Ele também teria pesquisado sobre armas e sobre o interventor federal no Rio de Janeiro, general Braga Neto.

Veja números da investigação:

230
testemunhas

29
volumes de informações

760
GB de imagem

47
policiais

 

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