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Damares diz que governo vai acompanhar caso de menina de 10 anos estuprada

Ministra da Mulher garante que governo não pretende mudar a legislação sobre o aborto, permitido em caso de gravidez originada por estupro

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
ministra Damares Alves
1 de 1 ministra Damares Alves - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que pretende ajudar a criança de 10 anos que fez um aborto autorizado pela Justiça após ser vítima de estupros e engravidar, no interior do Espírito Santo. Um tio da menina está preso e é suspeito pelo crime.

Ao participar da transmissão semanal que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz às quintas, Damares disse também que o governo não pretende mudar a legislação sobre o aborto legal, previsto quando a gravidez é fruto de estupro ou quando há perigo de vida para a mãe ou não há chances de sobrevida do feto.

“Não, o governo Bolsonaro não vai apresentar nenhuma proposta para mudar a legislação atual de aborto. Isso é um assunto do Congresso Nacional, o Congresso Nacional que decida por lá”, disse a ministra nesta quinta (27/8).

“O que nós vamos fazer, especificamente neste caso, é continuar acompanhando, e a gente proteger essa menina em tudo que ela precisar. Inclusive saber se ela vai ficar melhor com a família ou em outro lugar. Mas nós vamos dar o acompanhamento a essa menina até o final das investigações”, afirmou Damares, sem entrar em detalhe sobre o que estaria em seu poder fazer.

Após realizar a interrupção da gravidez em outro estado e sob forte pressão de grupos extremistas, a criança e sua família entraram num programa de proteção do governo do Espírito Santo que lhes garante nova morada e novos nomes.

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Discurso

Damares aproveitou o caso para insistir em sua tese de que há um agravamento recente nos casos de abuso sexual contra menores no Brasil.

“Ela é uma das centenas de meninas com menos de 14 anos, grávidas no Brasil. Quando a gente entrou com aquele programa de falar sobre sexo precoce no Brasil, criticaram porque era abstinência e porque eu era uma religiosa. Eu sei o que estou falando. Crianças estão tendo relações sexuais cada vez mais cedo, e nesse caso foi abuso, foi estupro.”

“Mas a gente também tem aí uma grande motivação de erotização de crianças no Brasil. Temos que enfrentar a erotização de crianças no Brasil”, sustentou Damares.

Noutro momento da live, a ministra disse que o país vive “a tragédia de estupros de bebês de 7, de 8 dias” e que isso “estourou nos últimos 5 anos”.

“No Brasil já é possível pagar pra ver o abuso de uma criança ao vivo. E, para a minha tristeza, o Brasil produz imagens pro mundo inteiro”, lamentou Damares, prometendo punições.

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