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“Cuidado com o meu papai”: entregador viraliza com frase em mochila

Pedro Mizukami mora em Portugal e foi fotografado ao pegar um pedido de entrega no Uber Eats. Foto viralizou nas redes sociais do Brasil

atualizado

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Foto: Arquivo pessoal
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1 de 1 Pedro_Uber_2 - Foto: Foto: Arquivo pessoal

São Paulo – “Cuidado com o meu papai”. Foi com essa mensagem escrita em sua mochila que o entregador da Uber Eats, de Portugal, viralizou na internet. Mas o que muitos não sabem é que ele é brasileiro, nascido e criado em São Paulo.

Em entrevista ao Metrópoles, Pedro Mizukami, de 26 anos, conta que foi uma ideia dele, já que trabalha por cerca de 12h no trânsito. No entanto, o entregador teve a ajuda da pequena Júlia, de 7 anos, para decorar a mochila e sensibilizar outras pessoas no tráfego.

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A repercussão da foto de sua mochila com assinatura de Júlia foi inesperada. Felipe ainda não viu resultados significativos em sua vida, mas segue otimista.

“Acabou me motivando a trabalhar mais, sabe? O intuito não era esse, nem imaginei que tivessem tirado aquela foto”, diz. No seu perfil no Instagram, ele brinca: “Me segue, vai ajudar a aposentar esta bolsa”.

A história começou quando Pedro e a família tentaram a vida na Espanha, em 2018. Na época, ele ainda trabalhava em sua área de formação, como operador de empilhadeira. “Passamos oito meses lá, mas não deu muito certo e tivemos que voltar”, conta.

Vida em Portugal

Na volta, o jovem teve muita dificuldade em encontrar um emprego no Brasil. Pela necessidade de colocar um pão na mesa, ele entrou para a Uber Drive. Como em qualquer lugar, Pedro passou a trabalhar muitas horas por dia para pouco retorno financeiro.

“O trabalho para aplicativos leva muito em conta o tempo. Não trabalhamos só com entrega de comida ou de pessoas, todo segundo a mais na entrega, é dinheiro perdido”, explica.

Hoje, Pedro mora junto com Júlia e a esposa Evelyn em Coimbra, Portugal. Inclusive, o jovem fala como se sente mais seguro por trabalhar em terras portuguesas do que na capital paulista.

“Aqui, diferente de São Paulo, a questão do assalto é muito diferente. Não que não aconteça, mas aqui eu tenho a certeza de voltar para casa com o meu material de trabalho [a moto]”, afirma o entregador, que vive em Portugal há quase 2 anos.

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