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Crise Yanomami: Saúde fez mais de 5 mil atendimentos médicos em um mês

Governo federal declarou emergência de saúde pública no território Yanomami há um mês. No período, crianças desnutridas apresentaram melhora

atualizado

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Igor Evangelista/MS
Foto colorida de atendimento médico de Yanomamis por médicos enviados pela Força de Saúde do Ministério da Saúde - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de atendimento médico de Yanomamis por médicos enviados pela Força de Saúde do Ministério da Saúde - Metrópoles - Foto: Igor Evangelista/MS

O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (20/2), que a Força Nacional do SUS fez mais de 5 mil atendimentos a Yanomamis nos últimos 30 dias. Há um mês, o governo federal declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) na terra indígena, em Roraima.

Segundo dados do governo, 15 crianças acompanhadas na Casa de Saúde Indígena (Casai) ganharam peso e evoluíram do quadro grave de desnutrição para moderado. O número representa 78% de um total de 19 crianças da etnia, com idade entre 6 meses e 5 anos, monitoradas por equipes de saúde por estarem muito abaixo do peso.

A pasta também decidiu antecipar a vacinação no território, prevista para começar no próximo sábado (25/2). Dados da Saúde apontam que a cobertura vacinal das comunidades indígenas do local caiu de 80%, em 2018, para 53%, em 2022, em mais um indício do quadro de desmonte na saúde que assola os povos originários na região.

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A população da etnia sofre uma grave crise humanitária, ocasionada pelo crescimento da atividade garimpeira dentro das próprias terras. Segundo dados do governo, desnutrição em diferentes níveis, pneumonia, diarreia aguda, malária e tuberculose são algumas das doenças mais diagnosticadas entre a população Yanomami.

Atendimento emergencial

Os atendimentos emergenciais que entram nas contas da Sáude são realizados nos polos base das regiões de Auaris, Surucucu e Missão Catrimani.

Em Boa Vista (RR), parte dos atendimentos é feita pelas equipes de voluntários da Casai, ou no hospital de campanha montado na área externa, com apoio das Forças Armadas. Os casos mais graves são encaminhados para a rede hospitalar da capital.

Para o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, a operação na região tem apresentado resultado positivo.

“Conseguimos ampliar a nossa capacidade de assistência na Casai e no território em geral. Mas, ainda temos alguns desafios, como a instalação do hospital de campanha em Surucucu, as ações de infraestrutura em todas as unidades de saúde indígena, mais acesso à água potável. Avançar nessas e outras metas brevemente é nossa prioridade”, destacou o secretário, em nota.

Até o momento, foram distribuídas mais de 5,5 mil cestas de alimentos, em caráter emergencial, às comunidades Yanomamis. O material foi elaborado com o auxílio de nutricionistas, usando como critérios valores nutricionais próximos às necessidades e hábitos alimentares dos indígenas.

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