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Crise hídrica: Aneel cria gabinete para monitorar sistema elétrico

Grupo vai monitorar a situação neste ano e em 2022 para propor medidas no sentido de evitar a escassez de energia no Brasil

atualizado

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Com o agravamento da crise hídrica que afeta a produção de eletricidade no Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a formação de um gabinete de situação para monitorar as condições do sistema elétrico.

A diretoria da agência informou nesta terça-feira (1°/6) que o grupo vai monitorar a situação neste ano e em 2022 para propor medidas no sentido de evitar a escassez de energia no Brasil.

O grupo vai se reunir semanalmente e sempre que for convocado. A data da primeira reunião não foi informada. O entendimento é de que se as chuvas continuarem escassas, o Brasil terá dificuldade em produzir eletricidade nas hidrelétricas.

Para se ter dimensão da escassez de água nas bacias das usinas, um quarto dos reservatórios das hidrelétricas está com nível abaixo de 30%. Dez dos 39 reservatórios estão no limite da reserva, conforme apontado por reportagem do Metrópoles no início de maio. O baixo nível das bacias pode levar a uma situação de estresse elétrico e até mesmo a apagões.

As principais funções do gabinete serão monitorar a situação do sistema elétrico brasileiro; apoiar a implementação das medidas no âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE); avaliar medidas que possam ser implementadas pela Aneel para garantir o fornecimento de energia elétrica e para superar a situação de emergência hídrica.

Na última semana, o governo federal emitiu um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco estados: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É o primeiro alerta dessa natureza em 111 anos de serviços meteorológicos no país.

Abril marca o fim do período de transição entre as estações úmida e seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Com chuvas abaixo da média, aumentou a preocupação com o que pode ocorrer nos próximos meses.

Além disso, as afluências permanecem abaixo dos valores médios históricos, com a caracterização dos piores montantes verificados para o  Sistema Interligado Nacional (SIN) no período de setembro a maio em 91 anos de série histórica.

 

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