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Com veto parcial de Lula, Marco Legal das Garantias é sancionado

Presidente vetou trecho do Projeto de Lei que autorizava a tomada de veículos sem autorização da Justiça

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discurso durante evento - Metrópoles
1 de 1 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discurso durante evento - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Marco Legal das Garantias de Empréstimos, como é conhecido o Projeto de Lei (PL) nº 4.188/21, foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão consta em publicação do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (31/10). Há, contudo, vetos a trechos do PL, como o que autorizava a tomada de veículos sem autorização da Justiça.

O PL muda as regras dos empréstimos e estabelece novas regras para o uso de bens como garantia. O objetivo é a diminuição dos custos e juros da modalidade.

A proposta havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados no começo do mês. Houve, ainda, pedidos de análise do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), quanto ao projeto.

A nova lei regulamenta empréstimos em instituições financeiras e os bens dados como garantia em caso da não quitação da dívida e envolve penhora, hipoteca ou transferência de imóveis para pagamentos de dívidas.

O trecho vetado por Lula, contudo, é justamente um que envolve a autorização de tomada de automóveis sem um parecer jurídico antes.

O texto publicado no DOU desta terça indica que o mesmo bem pode ser usado como garantia em mais de uma solicitação de empréstimo, e o argumento quanto ao veto por parte do governo é de que o trecho que permitia a tomada dos veículos sem autorização da Justiça (isto é, de forma extrajudicial) é inconstitucional e poderia gerar riscos a direitos.

IGGs

O marco prevê a criação de Instituições Gestoras de Garantias (IGGs) para gerir os bens dados como garantia de empréstimos. O serviço de gestão de garantias deverá ser autorizado pelo Banco Central e regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

As empresas gestoras têm como atribuição:

  • a gestão administrativa das garantias constituídas sobre bens imóveis ou móveis;
  • a constituição, o encaminhamento a registro e o pleito à execução das garantias;
  • a manutenção e o controle das operações de crédito vinculadas às garantias;
  • a avaliação das garantias reais e pessoais; e
  • a interconexão com as instituições financeiras.

O chefe do Executivo federal tinha até o fim do dia para se manifestar sobre o projeto, aprovado no Congresso no início de outubro.

Reunião com base na Câmara

O presidente Lula e ministros se reúnem com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados, nesta terça, no Palácio do Planalto, para tentar destravar a pauta econômica do governo no Congresso. A ideia é conciliar as demandas dos partidos para costurar apoio político e garantir aprovação de leis e projetos orçamentários até o fim deste ano.

A reunião desta terça ocorre após o presidente Lula demitir, na última semana, a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, para entregar o cargo ao servidor Carlos Antônio Fernandes, indicado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Os parlamentares, no entanto, seguem insatisfeitos com atraso no pagamento de emendas e demora para liberação de outros cargos no governo. Os embates envolvem, por exemplo, a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), disputada pelo PSD e o Republicanos.

As empresas gestoras têm como atribuição:

  • a gestão administrativa das garantias constituídas sobre bens imóveis ou móveis;
  • a constituição, o encaminhamento a registro e o pleito à execução das garantias;
  • a manutenção e o controle das operações de crédito vinculadas às garantias;
  • a avaliação das garantias reais e pessoais; e
  • a interconexão com as instituições financeiras.

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