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Com licença CAC suspensa, Roberto Jefferson não poderia ter arma no RJ

Pelo processo, ex-deputado pode perder o registro de licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC)

atualizado

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Roberto Jefferson com um fuzil
1 de 1 Roberto Jefferson com um fuzil - Foto: Reprodução

De acordo com uma apuração realizada pelo Exército em um processo administrativo instaurado nesta segunda-feira (24/10), o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) estava com a licença para portar armas fora de Brasília suspensa. O inquérito foi instalado para investigar o motivo do ex-deputado em ter armas na sua casa no estado do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo G1.

Pelo processo, Jefferson pode perder o registro de licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A Polícia Federal também instalou um inquérito criminal para apurar sobre a posse de armas do político.

O uso de CAC foi flexibilizada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para facilitar o acesso de armas pela população. Desde 2019, a licença de registros pelo CAC subiu em 262%, passando de 167.390 para 605.313 pessoas armadas.

Na residência de Roberto Jefferson, no Rio de Janeiro, foram apreendidas munições de diversos calibres, além de uma pistola e um fuzil. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o parlamentar, que antes tentou se candidatar à Presidência, omitiu a posse das armas.

O ex-deputado responderá por quatro tentativas de homicídio. Isso porque, ao resistir à prisão e atacar um equipe da Polícia Federal, ele baleou dois agentes e colocou em risco outros dois que tentavam cumprir o mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no último domingo (23/10).

Ataque

Antes de ser preso, Jefferson travou confronto com agentes da Polícia Federal. Ele atirou contra os policiais, deixando um delegado e um agente feridos. Além disso, ele jogou granadas contra as autoridades.

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Jefferson cumpria prisão domiciliar em Levy Gasparian, após ficar preso em Bangu, em 2021. Ele é investigado por participação em atos de “organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação e financiamento político com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”, conforme relata o inquérito.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a volta do ex-presidente do PTB à prisão, após o investigado descumprir diversas medidas, como receber visitas, usar redes sociais, continuar compartilhando fake news e seguir atacando o STF e seus integrantes.

Além do descumprimento de medidas cautelares, Jefferson publicou, nas redes sociais da filha, na última semana, um vídeo em que xinga a ministra Cármen Lúcia, do STF, pelo voto favorável da magistrada à punição da emissora Jovem Pan por declarações contrárias a Lula (PT).

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