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“Chama a polícia, por favor”, diz babá que pulou do 3º andar de prédio

Mulher foi agredida com mordidas e tapas e trancada em banheiro da residência, após pedir demissão

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Babá se joga de 3° andar de prédio em Salvador
1 de 1 Babá se joga de 3° andar de prédio em Salvador - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em um áudio, Raiana Ribeiro da Silva, babá que pulou do terceiro andar de um prédio em Salvador para fugir do cárcere privado, pede que os familiares chamem a polícia. Há a suspeita de cárcere privado.

“Oh, meu Deus, chama a polícia. Eu estou sendo agredida aqui. Estou sendo agredida aqui, nêga, no trabalho, no Imbuí. Chama a polícia, chama a polícia, por favor, por favor”, diz. Escute o áudio abaixo:

A mulher de 25 anos foi trancada no banheiro do apartamento após pedir demissão, e conseguiu escapar pulando da janela. Segundo o G1, Raiana conseguiu enviar o áudio logo antes de ter o celular recolhido pela patroa.

“A gente começou a mandar mensagens para ela, mas ela não estava respondendo. Eu tornei a ligar para ela, ela falou que a patroa estava perto dela e ela não podia falar”, contou a mãe da jovem. Familiares chegaram a ir até Salvador em busca da vítima mas, sem o endereço, não encontraram o condomínio.

Raiana recebeu alta nessa quarta-feira (25/8), apósficar internada no Hospital Geral do Estado (HGE) com suspeita de fratura nas pernas.

Agressões constantes

A vítima das agressões encontrou a vaga de emprego na internet e mudou-se de Itanagra para Salvador, a cerca de 150 km de distância, para a vaga. Ao G1, a jovem contou que trabalhava no local há uma semana, cuidando de três crianças, mas que resolveu sair por ter encontrado uma oportunidade melhor.

“Ia fazer oito dias hoje [que estava trabalhando lá], mas a agressão começou na terça-feira. Começou porque eu falei para ela que não dava mais para mim, que eu ia sair na quarta-feira. Aí ela falou: ‘Vou te mostrar, vagabunda, se você sai’. E aí começou a me agredir”, contou.

Raiana conta que a agressora lhe batia, mordia e puxava seu cabelo.  Além disso, ela impediu que a vítima tomasse água ou comesse desde terça-feira. “Ela me trancou no banheiro ontem pela manhã, e foi quando bateu o desespero de fugir de alguma forma.”

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