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Cerrado sofre “desmatamento oportunista”, afirma presidente do Ibama

Alertas de desmatamento no Cerrado tiveram alta de 35% em maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022

atualizado

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Foto colorida do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho - Metrópoles - Foto: Reprodução

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou ao Metrópoles Entrevista que o Cerrado sofre com o “desmatamento oportunista”. Segundo o chefe da autarquia, antes do endurecimento da legislação ambiental, os criminosos estão destruindo o bioma.

“No Cerrado, a gente percebe que as pessoas estão imaginando que, daqui para frente, não vão conseguir desmatar mais. Então, você tem um desmatamento oportunista. As pessoas estão correndo para desmatar”, afirmou Rodrigo Agostinho.

Veja:

Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento no Cerrado tiveram um aumento de 35% em maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.

Apenas em maio, foram destruídos 1.326 km² de reserva nativa do Cerrado. Os maiores índices de desmatamento referem-se aos municípios de São Desidério (BA), Jaborandi (BA), Balsas (MA), Barreiras (MA) e Cocos (BA).

Ainda de acordo com o presidente do Ibama, o desmatamento acontece principalmente em decorrência de uma frágil legislação ambiental que autoriza a derrubada de 75% da savana presente no imóvel privado.

“A gente percebe também que uma parte do desmatamento é autorizado pelos estados. No bioma Cerrado, hoje, a legislação permite que cada proprietário derrube até 80% de sua propriedade. Na Amazônia, é o contrário: você pode derrubar, no máximo, 20%; se for Cerrado amazônico, 35%”, destaca Agostinho.

Metrópoles Entrevista

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, conversou com o Metrópoles sobre questões-chave para a fiscalização e proteção ambiental no país. Entre os temas discutidos está o avanço do desmatamento, o garimpo em terras indígenas e a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.

Agostinho assumiu a presidência do Ibama em fevereiro deste ano, após indicação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

Veja a entrevista na íntegra:

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