Carlos usa caso Adélio para criticar pedido sobre apreensão de celulares
O ministro Celso de Mello enviou despacho ao PGR, que pede desdobramento no inquérito sobre possível interferência de Jair Bolsonaro na PF
atualizado
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O vereador Carlos Bolsonaro usou as redes sociais, nesta sexta-feira (22/05), para criticar o pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello à Procuradoria-Geral da União (PGR) para analisar apreensão dos celulares dele e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O despacho enviado nessa quinta (21/05) pede ainda desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência do chefe do Executivo na Polícia Federal.
“Meu celular? Enquanto isso os do ‘ex-piçóu’ [PSol] Adélio protegidos há mais de um ano, processos contra Botafogo, Calheiros e outros sentados em cima há anos. Que crime teria cometido para tamanha velocidade e abuso? Nenhum. A narrativa do sistema continua em pleno vapor!”, escreveu em sua conta oficial do Twitter.
Meu celular? Enquanto isso os do ex-piçóu Adélio protegidos há mais de um ano, processos contra Botafogo, Calheiros e outros sentados em cima há anos. Que crime teria cometido para tamanha velocidade e abuso? Nenhum. A narrativa do sistema continua em pleno vapor!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) May 22, 2020
Celso de Mello encaminhou os casos para o procurador-geral da República, Augusto Aras, para análise.
O ministrou autorizou um inquérito para apurar denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de interferência na PF. O ex-juiz citou uma gravação em que Bolsonaro teria ameaçado trocar o comando da corporação no Rio de Janeiro.
Entenda
O vídeo da reunião ministerial foi citado pelo ex-ministro da Saúde e Segurança Pública Sergio Moro durante o discurso de saída da pasta, que afirmou que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal para obter informações sigilosas.
Celso de Mello prometeu liberar a decisão sobre o sigilo do vídeo ainda nesta sexta-feira (22/05).