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Brasil baterá recorde de turistas estrangeiros no final de ano

De acordo com a Embartur, 230 mil passagens já foram compradas mundo afora para destinos nacionais entre 19 de dezembro e 2 de janeiro

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Aline Massuca/Metrópoles
31/12/2021 Rio de Janeiro RJ Movimentação na areia da praia de Copacabana onde Cariocoas e Turistas esperam o Réveillon
1 de 1 31/12/2021 Rio de Janeiro RJ Movimentação na areia da praia de Copacabana onde Cariocoas e Turistas esperam o Réveillon - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Após dois anos de restrições provocadas pela pandemia de Covid-19, o fim de dezembro e o início de janeiro devem bater recordes de turistas estrangeiros no Brasil. De acordo com levantamento da Gerência de Inteligência Mercadológica e Competitiva da Embratur junto à Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), mais de 230 mil passagens já foram compradas mundo afora para destinos brasileiros entre 19 de dezembro e 2 de janeiro.

O dado calculado para o período é equivalente a praticamente a soma dos últimos dois anos. Em 2021, 153.894 bilhetes aéreos foram comprados para o período Natal/Réveillon, enquanto que em 2020 o número registrado foi de 82.365 passagens compradas, totalizando 236.259 mil passagens em 2020/2021, número pouco superior aos 230.433 de 2022.

“A Embratur intensificou, em 2022, as ações de promoção dos destinos turísticos brasileiros nos principais mercados mundiais e isso colaborou para o Brasil ter protagonismo neste final de ano”, ressaltou o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto.

Até o momento, os Estados Unidos lideram o ranking de passagens aéreas compradas para o Brasil entre 19 de dezembro e 2 de janeiro: 52.827. A Argentina aparece em segundo lugar, com 40.494 bilhetes adquiridos, com Portugal na terceira posição: 15.592.

A movimentação para o término de ano em 2022 está cada vez mais próxima da registrada em 2019, quando ainda não havia o baque da pandemia de Covid. Naquele ano, o número foi de 319.592 passagens compradas para o período Natal/Réveillon.

Setor hoteleiro

A alta movimentação de passagens compradas para o Brasil coincide com a expectativa do setor hoteleiro de recuperar 100% a operação de 2019 em 2022. Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) mostra que o setor deve atingir índices de ocupação próximos a 100% em vários destinos do país.

Na Região Sudeste, os destaques ficam por conta de São Paulo e Rio de Janeiro. Considerado um dos destinos mais atraentes para o Réveillon, o Rio registra até o momento 82% de ocupação, mas a expectativa é de chegar aos 100%.

Já em São Paulo, o setor registra os melhores dados no litoral, com expectativa de atingir 100%, enquanto o interior deve ficar com 95% e a capital em torno de 90%. Em Minas Gerais, as cidades históricas lideram, devendo atingir 85%, enquanto Belo Horizonte apresenta índices próximos a 68%. No Espírito Santo, a expectativa é chegar a 90% nas festas de Ano Novo.

A Região Nordeste também se destaca neste período. Conforme os números apurados pela ABIH, a Bahia está com ocupação de 95%, com Salvador e Porto Seguro já atingindo 100%. Em Pernambuco, Porto de Galinhas também deve chegar a 100% e a Grande Recife já ultrapassa 90%. No Ceará, Fortaleza espera uma taxa maior que 95%.

Posse de Lula

No Sul do país, em Santa Catarina, a ocupação hoteleira da região da Grande Florianópolis deve chegar a 100%. Na Costa Verde e Mar e nos Caminhos dos Canyons a 90%. No Paraná, a expectativa é ficar em torno de 80%. No Rio Grande do Sul, a capital Porto Alegre deve atrair um número de visitantes maior que nos últimos anos. Com isso, espera-se uma ocupação superior a 50%. Os dois polos da Serra Gaúcha, Gramado e Bento Gonçalves, receberão aproximadamente 1,1 milhão de visitantes, levando a ocupação a índices próximos de 100%.

Os hotéis de Brasília já estão com 90% de ocupação para período do Réveillon e da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em alguns estabelecimentos, 100% dos quartos já estão reservados. Ainda no Centro-Oeste, a hotelaria do Mato Grosso espera ficar entre 50% e 60% de ocupação e no Tocantins, o índice deve ser de 45%.

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