O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta terça-feira (14/3) para falar sobre a venda da refinaria baiana Landulpho Alves (Rlam), concluída em novembro de 2021 pela Petrobras. Desde a revelação do caso das joias de R$ 16,5 milhões apreendidas pela Receita Federal, críticos de Bolsonaro relembraram a operação, uma vez que a refinaria foi vendida para o Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
As joias, de acordo com o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, eram um presente para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro entregues por representantes do governo da Arábia Saudita. A operação do governo federal para recuperar o material sem pagar os valores devidos ao fisco envolveu diferentes pastas até o fim da gestão Bolsonaro, sem sucesso.
Opositores do ex-presidente chegaram a relacionar a venda da refinaria ao suposto presente de valor elevado, mesmo para chefes de Estado. A transação foi fechada por US$ 1,8 bilhão. À época, especialistas do Instituto de Estudos Estratégico de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) estimaram que o valor de mercado da refinaria variava entre e US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.
“A direção petista da Petrobras desconfia, sem um mínimo de provas, do TCU e rei árabe. Isso é péssimo para nossa política externa e nossas instituições”, escreveu o ex-presidente.
– A direção petista da Petrobrás desconfia, sem um mínimo de provas, do TCU e Rei árabe. Isso é péssimo para nossa política externa e nossas instituições.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 14, 2023
Bolsonaro também citou que a venda da refinaria foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O ex-presidente voltou a falar que os governos de Dilma Rousseff (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “entregaram a Petrobras” com dívida de R$ 900 bilhões. A afirmação, repetida durante a campanha presidencial por apoiadores e pelo próprio Bolsonaro, já foi desmentida por iniciativas de checagem.