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Bolsonaro rebate críticas sobre venda de refinaria da Petrobras aos árabes

Operação foi concluída em novembro de 2021 por valor abaixo do avaliado por especialistas. Bolsonaro citou relatório favorável do TCU

atualizado

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STF reserva má notícia ao ex-presidente Jair Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 STF reserva má notícia ao ex-presidente Jair Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta terça-feira (14/3) para falar sobre a venda da refinaria baiana Landulpho Alves (Rlam), concluída em novembro de 2021 pela Petrobras. Desde a revelação do caso das joias de R$ 16,5 milhões apreendidas pela Receita Federal, críticos de Bolsonaro relembraram a operação, uma vez que a refinaria foi vendida para o Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

As joias, de acordo com o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, eram um presente para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro entregues por representantes do governo da Arábia Saudita. A operação do governo federal para recuperar o material sem pagar os valores devidos ao fisco envolveu diferentes pastas até o fim da gestão Bolsonaro, sem sucesso.

Opositores do ex-presidente chegaram a relacionar a venda da refinaria ao suposto presente de valor elevado, mesmo para chefes de Estado. A transação foi fechada por US$ 1,8 bilhão. À época, especialistas do Instituto de Estudos Estratégico de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) estimaram que o valor de mercado da refinaria variava entre e US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.

“A direção petista da Petrobras desconfia, sem um mínimo de provas, do TCU e rei árabe. Isso é péssimo para nossa política externa e nossas instituições”, escreveu o ex-presidente.

Bolsonaro também citou que a venda da refinaria foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O ex-presidente voltou a falar que os governos de Dilma Rousseff (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “entregaram a Petrobras” com dívida de R$ 900 bilhões. A afirmação, repetida durante a campanha presidencial por apoiadores e pelo próprio Bolsonaro, já foi desmentida por iniciativas de checagem.

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