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Bolsonaro diz que voltará ao Brasil em março para fazer oposição a Lula

Em entrevista a jornal americano, Bolsonaro defendeu uma articulação com o Congresso para promover pautas alinhadas aos “valores familiares”

atualizado

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Matheus Veloso/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro olha para o lado durante visita ao assentamento Nova Jerusalém em Samambaia, antigo acampamento do MST - Metrópoles
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro olha para o lado durante visita ao assentamento Nova Jerusalém em Samambaia, antigo acampamento do MST - Metrópoles - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que planeja voltar ao Brasil em março para liderar a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu adversário nas eleições de 2022. A informação foi confirmada em entrevista ao Wall Street Journal.

Bolsonaro defendeu uma articulação com o Congresso e governos estaduais para promover pautas como o combate ao aborto, ao controle de armas e a políticas que alega serem contrárias aos “valores familiares”. “O movimento de direita não está morto e continuará vivo”, pontuou o ex-presidente.

Recentemente, Bolsonaro declarou que retornaria ao país “nas próximas semanas”. Ele viajou para a Flórida, nos Estados Unidos, no final de dezembro de 2022, na véspera da posse do presidente Lula.

Durante a entrevista, o ex-chefe do Executivo federal afirmou que “perder é parte do processo”, apesar de nunca ter reconhecido abertamente a derrota. Também negou que tenha feito alegações sobre fraude nas eleições, mas que “o processo foi enviesado”. O jornal considerou a declaração como uma tentativa de moderar as críticas em torno do sistema eleitoral.

O ex-presidente também tentou se desassociar dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, promovido por seus apoiadores, dizendo que sequer estava no Brasil. Bolsonaro é investigado em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a responsabilidade sobre os ataques.

“Golpe? Que golpe? Onde estava o comandante? Onde estavam as tropas, onde estavam as bombas?”, questionou.

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