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Associações da PF: crise prejudica a credibilidade da instituição

Fenadepol e ADPF criticam o impasse entre o presidente Jair Boslonaro e o ministro Sergio Moro em torno da direção-geral da polícia

atualizado

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O novo impasse entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, levou a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) a soltarem uma nota onde ressaltam que tais “especulações, infelizmente, prejudicam a estabilidade da Polícia Federal a sua governança e colocam em risco a própria credibilidade na lisura dos trabalhos da instituição”.

Mais uma vez, destacam as instituições, notícias sobre uma possível substituição do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, levaram deputados, senadores, o presidente da Câmara e outras autoridades a defenderem publicamente a autonomia da PF.

“Bandeira que ajudou a eleger vários representantes do povo tanto no Executivo quanto no Legislativo”, diz a nota.

“Episódios como o de hoje ocorreram em diversas oportunidades, desde 2019, e inúmeras vezes durante pelo menos os últimos três governos. E pode voltar a ocorrer nos próximos meses ou futuros governos”, destacam a ADPF e a Fenadepol.

Nesta quinta-feira (2304), o presidente Bolsonaro chamou Moro para avisá-lo de que iria mexer no comando da PF. O ministro reagiu. Aleixo é seu homem de confiança e o acompanha desde a Operação Lava Jato. Após a reunião, Moro contra-atacou: se Valeixo sair, ele pede demissão.

“O problema não reside nos nomes de quem está na direção ou de quem vai ocupá-la. Mas sim, na absoluta falta de previsibilidade na gestão e institucionalidade das trocas no comando”, diz o comunicado.

Confira a íntegra da nota:

“A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) acompanham, mais uma vez, notícias sobre uma possível substituição do Diretor-Geral da Polícia Federal. Novamente, vemos deputados, senadores, Presidente da Câmara e outras autoridades defendendo publicamente a autonomia da instituição. Bandeira que ajudou a eleger vários representantes do povo tanto no Executivo quanto no Legislativo.

Episódios como o de hoje ocorreram em diversas oportunidades, desde 2019, e inúmeras vezes durante pelo menos os últimos três governos. E pode voltar a ocorrer nos próximos meses ou futuros governos.

Essas especulações, infelizmente, prejudicam a estabilidade da Polícia Federal, a sua governança e colocam em risco a própria credibilidade na lisura dos trabalhos da instituição. O problema não reside nos nomes de quem está na direção ou de quem vai ocupá-la. Mas sim, na absoluta falta de previsibilidade na gestão e institucionalidade das trocas no comando.

Nos últimos três anos, a Polícia Federal teve três Diretores Gerais diferentes. A cada troca ou menção à substituição, uma crise institucional se instala, com reflexos em toda a sociedade que confia e aprova o trabalho de combate ao crime organizado e à corrupção.

Portanto, mais do que a defesa ou repúdio de eventuais nomes, a ADPF e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) esperam que os parlamentares e as autoridades responsáveis aprovem as propostas no Congresso Nacional que estabelecem mandato ao Diretor Geral da Polícia Federal e autonomia ao órgão. Somente tais medidas irão proteger a PF de turbulências e garantir a continuidade do trabalho de qualidade prestado ao Brasil”.

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