metropoles.com

Em live, Bolsonaro ignora troca na PF e possível demissão de Moro

Ministro da Justiça analisa deixar cargo se presidente Jair Bolsonaro seguir com plano de trocar comando da Polícia Federal

atualizado

Compartilhar notícia

Em transmissão ao vivo nas redes sociais realizada na noite desta quinta-feira (23/04), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou a possível saída do ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, do governo.

“Vai ser uma live bastante rápida e o assunto do momento [é]: o auxílio emergencial”, disse o presidente logo no início de sua tradicional live de quinta-feira.

Na manhã desta quinta, Moro se encontrou com Bolsonaro, conforme previa a agenda oficial do presidente. No encontro, Bolsonaro comunicou ao ministro uma possível troca no comando da Polícia Federal, hoje chefiada por Maurício Valeixo – hipótese que já tinha sido aventada pelo presidente em agosto do ano passado.

Segundo fontes palacianas, essa mudança seria feita até a semana que vem. A pessoas próximas, Moro disse que, se a troca de fato acontecer, ele pode pedir demissão.

Para comandar a Polícia Federal, Bolsonaro quer uma pessoa mais próxima a ele. Fontes com trânsito no governo confirmaram ao Metrópoles que um dos mais cotados para essa posição é o delegado Alexandre Ramagem, que é da PF, mas atualmente ocupa a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Outro nome que vem sendo estudado, e tem o aval dos filhos do presidente, é o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres, que também é da PF. Torres, inclusive, se reuniu com Bolsonaro algumas vezes nesta semana.

Braga Netto nega saída
Durante coletiva no Palácio do Planalto, também nesta quinta, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, desmentiu a demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Questionado, o ministro-chefe da Casa Civil disse que “a assessoria do ministro Moro já desmentiu a saída dele do governo. Já está publicada essa informação”. Até a última atualização desta reportagem, no entanto, a única posição oficial do Ministério da Justiça era a de que o ministro “não havia confirmado” pedido de demissão – sem desmentir formalmente as informações.

Compartilhar notícia