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Após SP, Rio vai adotar câmeras em fardas policiais a partir de 16/5

A princípio, 10 batalhões vão utilizar o equipamento. Projeto prevê a distribuição de 8 mil câmeras até o fim do primeiro semestre

atualizado

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Aline Massuca/Metrópoles
13122021 Policiais do Rio usarão a partir de hoje, câmeras acopladas ao uniforme gravando em video todo o período de trabalho. O equipamento pode melhorar as ações policiais (7)
1 de 1 13122021 Policiais do Rio usarão a partir de hoje, câmeras acopladas ao uniforme gravando em video todo o período de trabalho. O equipamento pode melhorar as ações policiais (7) - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

São Paulo – Desde o ano passado, os policiais militares de São Paulo usam câmeras portáteis em seus uniformes para gravar todas as suas ações – o que já resultou na diminuição de confrontos e da letalidade policial. A partir de 16 de maio, o Rio de Janeiro também adotará a medida, de forma bastante semelhante.

O tema motivou debates entre os pré-candidatos ao governo paulista. Na prática, além de São Paulo, já adotam o uso das “bodycams” os estados de Santa Catarina e Rondônia.

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No Rio, as câmeras portáteis nos uniformes de policiais militares foram testadas pela primeira vez no Réveillon, e já estão sendo utilizadas por agentes que atuam na Operação Lei Seca – blitz para flagrar motoristas alcoolizados.

Mas, a partir de 16 de maio, o uso do equipamento será ampliado. A princípio, vai incluir policiais de 10 batalhões operacionais da capital nos bairros de Botafogo, Méier, São Cristóvão, Gamboa, Tijuca, Olaria, Ilha do Governador, Copacabana, Maré e Leblon.

Nas semanas seguintes, batalhões de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Três Rios, cidades da região Serrana, também passarão a contar com câmeras. Posteriormente, a expansão seguirá para todas as outras regiões da capital e do estado. O governo promete instalar 8 mil câmeras portáteis até o final do primeiro semestre.

Os agentes fluminenses utilizarão equipamentos semelhantes aos usados pela polícia paulista.

E como vai funcionar?

O funcionamento das câmeras nos uniformes da polícia do Rio é semelhante ao de São Paulo.

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Segundo o governo fluminense, as câmeras são portáteis, movidas a bateria e podem ser carregadas em tótens nos batalhões da PM. Cada agente tem uma câmera designada, que é desbloqueada por meio de biometria facial.

A partir do momento em que são desbloqueados, os aparelhos gravam tudo durante 12 horas ininterruptas, ou seja, o policial não consegue ligar ou desligar a câmera durante o turno de trabalho.

A câmera grava em média resolução, as imagens são transmitidas em tempo real para o Centro de Comando e Controle, mas também permanecem gravadas por até um ano em um sistema de armazenamento em nuvem.

Também existe a possibilidade de o policial ativar a alta definição para gravar em qualidade melhor.

Os vídeos armazenados podem ser requisitadas posteriormente tanto pelas polícias, quanto por Ministério Público, Defensoria Pública e autoridades judiciais.

Com câmeras, SP viu redução na letalidade

Em São Paulo, as câmeras começaram a ser testadas em alguns batalhões da capital em agosto de 2020, mas acabaram implementadas em larga escala a partir de junho de 2021.

Desde então, a Polícia Militar observou uma queda no número de mortes em confronto com agentes em serviço. Naquele mês, não foi registrada nenhuma morte por intervenção policial nos 18 batalhões que usavam câmeras.

No segundo trimestre de 2021 (abril a junho), foram 113 mortes decorrentes de ação policial no estado. Já no trimestre seguinte (julho a setembro), foram 72 mortes, uma redução de 36%. No quarto trimestre, houve um ligeiro aumento nesses números (79 óbitos desse tipo), fechando o ano com 423 mortes decorrentes de ações policiais.

Para efeitos de comparação, 2020 teve 659 mortes em confronto com PMs no estado. Agora, os números permanecem estáveis: entre janeiro e março de 2022, foram 74 mortes desse tipo.

Atualmente, há 5.600 câmeras em funcionamento, e o governo pretende chegar ao fim de 2022 com 10 mil bodycams.  Quem fornece os equipamentos ao estado é o consórcio Axon-Avanta, que ganhou uma licitação feita em 2020 e firmou contrato de 30 meses com o governo. Cada câmera e seu respectivo sistema de armazenamento custam R$ 786 por mês.

Em São Paulo, a câmera grava automaticamente todas as atividades policiais e as imagens são transmitidas em tempo real para centrais específicas. Elas também ficam gravadas por até cinco anos em um sistema de armazenamento por nuvem, e podem ser requisitadas pelas próprias forças policiais, pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público. As câmeras também contam com GPS, o que permite que os policiais seja facilmente localizados.

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