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Rodrigo Garcia recua e defende uso de câmera por polícia de SP

Governador de SP reiterou que “polícia deve reagir contra o crime” e sugeriu que “bandido que não quer ser morto, não reaja en abordagem”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Rodrigo Garcia
1 de 1 Rodrigo Garcia - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) defendeu, nesta quarta-feira (4/5), o uso das câmeras corporais por policiais militares. Assim que assumiu, o político chegou a questionar o uso desses equipamentos pelo Batalhão de Choque, mas disse que agora está certo de que elas são “um avanço”.

“Quando assumi o governo de São Paulo, dei uma entrevista muito clara em que eu tinha dúvida em relação às câmeras nos batalhões de Choque. A partir daí, dialoguei com os comandantes, fiz várias reuniões informais com capitães, com coronéis, majores, e hoje eu não tenho nenhuma dúvida de que a câmera corporal é um avanço para a polícia de São Paulo, protegendo o cidadão e protegendo o policial”, afirmou durante sabatina organizada por UOL e  Folha de S.Paulo.  

A medida foi adotada pelo ex-governador João Doria (PSDB), de quem Garcia era vice, e virou um ponto de divergência entre os pré-candidatos ao governo paulista nos últimos meses.

Na última segunda-feira (2/5), o pré-candidato Márcio França (PSB) afirmou que “não é correto filmar o policial o tempo todo”, chamou de “abuso” o uso das câmeras e sugeriu que os equipamentos só comecem a gravar quando o agente sacar a arma ou o cassetete.

Em outras ocasiões, os também pré-candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) se pronunciaram sobre o tema, o primeiro contra as câmeras e o segundo pela manutenção dos equipamentos.

Em coletiva realizada na manhã desta quarta, Garcia defendeu que policiais atirem em bandidos que reagirem durante abordagens. Durante a sabatina, repetiu o discurso.

“Eu disse sim que bandido que aqui cometer crime em São Paulo vai ser preso, e pessoas e bandidos que reagirem e levantar arma pra polícia vai tomar bala. Falei isso sim porque acredito que a polícia deve e vai reagir contra o crime, então bandido que não quer ser morto, não reaja quando for abordado. É defender a vida do policial e fazer com que ele possa, dentro dos limites da lei, exercer a sua atividade”, reiterou.

Cracolândia

O governador disse que o problema da Cracolândia não é apenas de segurança pública, e que o governo paulista entendeu, com o passar dos anos, que são necessárias ações de assistência social para resolver um problema – que, segundo ele, não pode ser reparado em poucos anos.

“Não é apenas com medida de força que você vai resolver esse problema da Cracolândia. Tem várias estratégias de reinserção social, de atendimento e de assistência social para poder dar uma nova perspectiva de vida para esses dependentes e claro, tratar traficante como traficante”, falou.

Ele ainda citou indiretamente a promessa de Márcio França de que, caso eleito, acabará com a Cracolândia em dois anos.

“Não é uma tarefa simples, eu já vi gente prometendo que vai acabar com dois ou três anos. É uma luta permanente, se você não criar alternativas de uma nova vida a esse dependente, ele não vai sair das drogas. Você faz o tratamento, a pessoa se recupera, e na saída não tem ninguém da família esperando esse dependente que foi tratado. Então, ele volta pras ruas. É uma luta permanente e não vamos desistir”, disse Garcia.

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