São Paulo – A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) divulgou neste domingo (10/4) estatísticas que mostram que batalhões da Polícia Militar (PM) com câmeras nas fardas tiveram, no período de junho de 2019 a outubro de 2021, 87% menos confrontos do que equipes sem o recurso de vídeo.
Entre as equipe que não são monitoradas em tempo real por vídeo, também houve uma redução de confrontos nesses três anos. No entanto, em um patamar 10 vezes menor. A resistência às abordagens policiais também foi 32,7% menor nos batalhões que têm câmeras corporais.

Batalhões da Polícia Militar (PM) com câmeras nas fardas tiveram, no período de junho de 2019 a outubro de 2021, 87% menos confrontos do que equipes sem o recurso de vídeoReprodução

A resistência às abordagens policiais também foi 32,7% menor nos batalhões que têm câmeras corporaisReprodução

Os equipamentos acoplados nas fardas dos policiais militares transmitem em tempo real o vídeo, áudio e a localização via GPSDivulgação/PMSP

Policiais militares de São PauloDivulgação
O levantamento da PM aponta ainda que os batalhões que têm suas ações gravadas em tempo real fizeram 41,4% mais flagrantes e 12,9% mais apreensões de armas de fogo. Esses números foram avaliado pelo órgão estadual como uma “ampliação da produtividade operacional”.
Os equipamentos acoplados nas fardas dos policiais militares transmitem em tempo real o vídeo, o áudio e a localização via GPS.
“Embora associada à redução do uso da força e da letalidade policial, as câmeras corporais despontam também como um importante instrumento de defesa e segurança do policial”, disse a SSP-SP em comunicado.
Críticas às câmeras em fardas
O pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse recentemente em entrevistas e por nota divulgada por sua assessoria que pretende acabar com a obrigatoriedade das câmeras em fardas dos PMs.
Fernando Haddad (PT), que também é pré-candidato ao cargo, criticou na quinta (7/4) o plano dizendo que Tarcísio “não entende nada de segurança pública”.