São Paulo – Embora o país inicie ainda nesta segunda-feira (18/1) a campanha de vacinação contra a Covid-19, a expectativa é de que o processo tenha início bem devagar no país. Ao Metrópoles, o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Carlos Lula, afirmou que as 6 milhões de doses da Coronavac disponíveis para aplicação devem acabar rápido e não há data para reposição do estoque.
“Essas doses devem durar menos de uma semana e ainda não temos previsão de reposição”, afirmou. Ele destaca que essas doses vão vacinar “bem pouquinho” da população, cerca de 3 milhões, uma vez que cada pessoa recebe duas doses.
Ele argumenta ainda que essa quantidade será direcionada apenas aos profissionais de saúde, à população indígena e aos moradores de asilos. “E não será suficiente”, completou.
O problema, segundo ele, é que não há expectativa sobre quando os estados vão receber uma nova remessa de doses e isso gera preocupação. “Temos a esperança de receber mais 2 milhões de doses da vacina de Oxford, mas ainda não temos data”, enfatiza.
Há ainda a previsão de mais 4 milhões de doses da Coronavac, mas essas unidades produzidas em território nacional ainda não têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. O Instituto Butantan, responsável pela vacina, deve dar entrada no pedido ainda esta semana.
Distribuição
Na manhã desta segunda-feira, o ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, começou a distribuição das 6 milhões de doses da Coronavac. A vacina está sendo enviada do Aeroporto Internacional de Guarulhos Guarulhos (SP) para os estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acompanhou distribuição dos imunizantesFábio Vieira/Metrópoles

Os imunizantes ficam armazenados em câmaras frigoríficas a -18°CFábio Vieira/Metrópoles

Vacinas foram enviadas, de Guarulhos (SP) aos estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)Fábio Vieira/Metrópoles

Após São Paulo dar a largada em 17/1, os governadores pressionaram o ministro da Saúde para começar a imunizaçãoFábio Vieira/Metrópoles

Fábio Vieira/Metrópoles

No primeiro momento, 6 milhões de doses da Coronavac foram distribuídasFábio Vieira/Metrópoles

Como são necessárias duas doses do imunizante para cada pessoa, 3 milhões de brasileiros serão vacinados na primeira etapa da campanhaFábio Vieira/Metrópoles

Entre as aplicações da primeira e da segunda dose do imunizante, está previsto um intervalo de 14 a 28 diasFábio Vieira/Metrópoles

A Anvisa aprovou em 17/1 o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZenecaFábio Vieira/Metrópoles

Os imunizantes são os dois primeiros aprovados no país contra o novo coronavírusFábio Vieira/Metrópoles
A princípio, Pazuello havia divulgado que a vacinação seria iniciada na próxima quarta-feira (20/1), em todo o país. Segundo o ministro, esse tempo entre a distribuição e a aplicação seria necessário para que os estados se organizassem e começassem a imunização de forma simultânea.