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Alta de casos da Covid-19 faz Goiás suspender 579 cirurgias eletivas

Objetivo é aumentar quantidade de leitos da rede credenciada pelo plano de saúde do estado para internação de pessoas contaminadas

atualizado

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Secom Goiás
Sede do Ipasgo em Goiânia
1 de 1 Sede do Ipasgo em Goiânia - Foto: Secom Goiás

Goiânia – Em meio ao surto de casos de Covid-19, o governador Ronaldo Caiado (DEM) mandou o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) suspender todas as cirurgias eletivas para aumentar quantidade de leitos da rede credenciada pelo plano de saúde para internação de pessoas com Covid-19.

No total, a fila do Ipasgo tem 579 cirurgias eletivas autorizadas pela auditoria do plano de saúde e que ainda não foram realizadas, de acordo com levantamento repassado ao Metrópoles. As cirurgias eletivas foram suspensas desde terça-feira (16/2), pelos próximos 21 dias.

O presidente do Ipasgo, Hélio José Lopes, explica que cirurgias eletivas não têm caráter de urgência e podem ser agendadas sem provocar prejuízos. “Neste momento, a prioridade é garantir que os beneficiários porventura vítimas de contaminação pelo novo coronavírus recebam o atendimento adequado”, afirma.

Risco comprovado

Enquanto valer a decisão, somente serão efetivados procedimentos e cirurgias de urgência e emergência que tenham riscos e necessidades comprovados pela auditoria do instituto. O governador afirmou estar temeroso “diante das variações do coronavírus”.

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Segundo Lopes, a determinação do governador Ronaldo Caiado, que cobrou de prefeitos no combate duro à pandemia, é para que todos os esforços sejam destinados às ações de controle, prevenção e estruturação da rede de saúde pública e privada neste momento.

A situação preocupante de Goiás gera reflexos nos índices de ocupação de leitos em todo o estado. O governo tem tentado abrir novos leitos de UTI, em parceria com prefeituras e hospitais universitários para evitar que a situação chegue a um contexto de desassistência.

No início da tarde desta quarta-feira, segundo painel atualizado em tempo real pela Secretaria de Saúde de Goiás, o estado tem 748 leitos de UTI para Covid-19, 610 deles estão ocupados com pacientes suspeitos ou confirmados. A taxa de ocupação está em 81,55%.

Na segunda-feira (15/2), o Hospital de Campanha de Goiânia (HCamp) atingiu pela primeira vez 100% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19, no dia em que o índice de ocupação em toda a rede estadual atingiu 94,89%.

Novos leitos

No mesmo dia, o estado ultrapassou a marca de 8 mil mortes e decorrência de complicações da Covid-19, e, como resposta, o governo de Goiás ampliou a quantidade de leitos de UTI para assistência de casos da doença. A rede estadual recebeu um reforço de mais 35 leitos para pacientes críticos, o que não foi suficiente para frear o avanço da pandemia.

Houve abertura de 10 leitos de UTI em Luziânia; 15, no Hospital Municipal de Rio Verde, 5 no Hospital Municipal Dr. Evaristo Vilela Machado, em Mineiros; e outros 5 no recém-inaugurado Hospital de Enfrentamento à Covid-19 de Senador Canedo, que passa a contar com 16 UTIs.

Ao longo de 10 dias, até a semana passada, o índice de ocupação deles oscilou entre 89% e 91%.

Casos

Em todo o estado, até a o início da tarde desta quarta-feira, havia 373.703 casos de Covid-19 confirmados e 8.043 mortes.

No domingo (14/2), o Brasil atingiu a maior média móvel de óbitos por Covid-19, desde o início da pandemia. O número chegou a 1.102,4, que é 3,2% maior que a média registrada 14 dias atrás.

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