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Acusado de matar amiga para “testar psicopatia” recebe pena de 15 anos

Enzo Jacomini Carneiro Matos foi condenado por homicídio e ocultação do corpo de Ariane Bárbara, de 18 anos

atualizado

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Imagem mostra jovem acusado de matar amiga após chamá-al para tomar um lanche - metrópoles
1 de 1 Imagem mostra jovem acusado de matar amiga após chamá-al para tomar um lanche - metrópoles - Foto: Divulgação / PCGO

Enzo Jacomini Carneiro Matos, conhecido como Freya, foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato e ocultação do corpo de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de apenas 18 anos. A morte da jovem, ocorrida em 2021, chocou pela motivação torpe: uma das envolvidas queria testar se era psicopata.

Nesta segunda-feira (13/3), o júri popular considerou Enzo culpado pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. A denúncia apresentada à Justiça também apontava o crime de corrupção de menores, mas ele foi absolvido dessa acusação. A condenação é de 14 anos pelo homicídio e de 1 ano pelo crime de ocultação de cadáver.

Os jurados consideraram que o crime foi praticado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima. A sentença estipula que a pena seja cumprida na penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia (GO).

Outro acusado do crime, Jeferson Cavalcante Rodrigues não foi julgado nesta segunda-feira (13/3). Isso porque o juiz acatou pedido da defesa, que alegou não ter tido tempo para se inteirar sobre o documento protocolado no processo no último sábado (11/3).

O crime

O assassinato teria sido cometido em 24 de agosto de 2021 para testar a psicopatia de outra envolvida no caso, Raíssa Nunes Borges, à época com 19 anos. O julgamento de Raíssa, que também está presa pelo caso, foi adiado após recurso de sua defesa.

Jeferson, Raíssa e Enzo, e ainda uma adolescente envolvida no caso, conheciam Ariane de uma pista pública de skate.

Três dos quatro presos pela morte e ocultação do cadáver de Ariane Bárbara Laureano: Enzo, Jeferson Cavalcante Rodrigues e Raíssa Nunes Borges

Ariane foi atraída por eles ao ser convidada para tomar um lanche. Ela chegou a enviar uma mensagem de áudio para a mãe, avisando que sairia com as amigas. Pelo tom da fala, ela aparentava estar alegre e animada para o compromisso, conforme descreve o delegado que investigou o caso.

Os acusados a buscaram de carro e, assim que ela entrou no veículo, deram início ao plano de assassinato. Ariane foi selecionada por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer resistência.

Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais combinados previamente como indicativos para o início da execução.

A vítima foi estrangulada e desmaiou, tendo Enzo participado do estrangulamento. Em seguida, foi esfaqueada pelas jovens. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.

O corpo de Ariane foi encontrado em 31 de agosto, sete dias após ela ser considerada desaparecida.

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