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Setores do PT querem ex-procuradora ligada a direitos humanos no STF

Pessoal ligado aos movimentos sociais defende indicação de Deborah Duprat, que tem fortes ligações com a pauta da esquerda

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Deborah Duprat
1 de 1 Deborah Duprat - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Alguns setores da esquerda – ligados à movimentos de minorias, dos direitos humanos e de perseguidos da ditadura – defendem o nome da ex-procuradora da República Deborah Duprat para uma das vagas que irá abrir no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023.

Duprat foi integrante do Ministério Público Federal (MPF) de 1987 a 2020. Foi vice-procuradora-geral da República de 2009 a 2013 e interina como PGR durante um mês, em 2009.

Foi Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, vinculado ao MPF, por dois mandatos. Seu nome foi levado a Lula.

Hoje, ela atua como advogada. A procuradora tem proximidade com setores da esquerda há anos, por ter atuado sempre em casos cujas pautas são desse espectro político.

Já atuou no Supremo Tribunal Federal (STF) em temas como direitos homoafetivos, direito das pessoas transsexuais em trocar seus nomes, grilatem de terra na Amazônia, questão do aborto no caso do bebê anencéfalo e muitos outros temas. A defesa dos povos indígenas é uma pauta que permeou sua atuação.

Com frequência, ao longo desses anos, Duprat, até hoje, é convidada para audiências públicas no Congresso Nacional, em especial na Câmara, para debater esses temas. Sempre chamada por parlamentares da esquerda, quase sempre por petistas.

Quando se aposentou, em maio de 2020, foi homenageada por parlamentares da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

“Exemplo vivo de como um membro do Ministério Público deve atuar, Deborah Duprat não se acovardou diante dos poderosos nem se rendeu a corporativismos. Com longa trajetória na defesa dos direitos de indígenas, quilombolas e grupos vulneráveis rurais e urbanos, Deborah é admirada e celebrada pelos movimentos sociais, por defensores dos direitos humanos, por colegas, juristas e organizações do poder público” – dizia nota assinada por quatro deputados: os petistas Helder Salomão (ES) e Padre João (MG), Túlio Gadêlha (Rede-PE) e Camilo Capiberibe (PSB-ES).

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