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Saia-justa e constrangimento do ministro do Meio Ambiente na Câmara

Joaquim Leite se recusou a responder se governo irá ou não cumprir uma promessa do governo e foi alvo de um deputado da oposição

atualizado

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Reprodução/YouTube
Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, discursando na COP26
1 de 1 Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, discursando na COP26 - Foto: Reprodução/YouTube

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, passou por um constrangimento na Câmara, numa audiência da Comissão de Turismo. Ele foi cobrado por um deputado da oposição, Felipe Carreras (PSB-PE), de uma promessa feito pelo governo para destinar R$ 20 milhões para uma obra de abastecimento de água em Fernando de Noronha.

Antes, na audiência pública da última quarta-feira, o parlamentar exibiu um áudio de uma reunião ocorrida em outubro de 2020, em Pernambuco, onde o então ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) prometeu destinar esse recurso para a obra e, em contrapartida, o governo de Pernambuco investiria o mesmo montante. No encontro, à época, estavam presentes outros dois ministros e o governador Paulo Câmara (PSB) e parlamentares.

O governo, até hoje, não cumpriu sua parte. O deputado Carreras afirmou que o governo estadual fez a parte dele e que estão sendo cobrados da promessa do governo Bolsonaro. Joaquim Leite foi cobrado e nada respondeu.

“O povo de Noronha está cobrando, estou sendo cobrado. O nosso compromisso foi cumprido, mas não temos uma resposta do governo. Quero saber do ministro se vão ficar na palavra ou se vão cumprir. Vossa Excelência é outro ministro, mas está nesse governo” – questionou Carreras, sentado à frente do ministro.

Leite se recusou a responder argumentando que esse não era o tema da sua presença ali.

“Vou me atar a pauta, que é licenciamento ambiental” – respondeu o ministro.

Carreras replicou.

“Fica muito feio para o governo federal isso. Um ministro de estado aqui presente não dar uma resposta. Acho que ficava melhor se responder que não vão repassar mais a verba. Não responder é um profundo desrespeito. Se recusa a dizer se vai honrar um compromisso ou não”.

Presente, o deputado Evair de Mello (PP-ES), vice-líder do governo na Câmara, pediu desculpas ao colega de parlamento.

“É um ato falho. Peço desculpas ao deputado Carreras”.

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