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Rolará mais uma cabeça nas vizinhanças de Bolsonaro, e ele nada fará

A bola da vez

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Igo Estrela/Metrópoles
Foto colorida do presidente da República, Jair Bolsonaro, e o advogado Frederick Wassef durante coletiva sobre combustíveis no palácio do planalto -- Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do presidente da República, Jair Bolsonaro, e o advogado Frederick Wassef durante coletiva sobre combustíveis no palácio do planalto -- Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O que Frederick Wasseff diz não se escreve. Quando se escreve, não se acredita. O melhor seria ignorá-lo. Não dá, porque ele é o advogado da família Bolsonaro. Mais do que advogado, cúmplice: escondeu em sua casa Fabrício Queiroz, o gerente da rachadinha.

Como ignorar, por exemplo, o advogado de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do país? Marcola é mantido isolado na Penitenciária Federal de Brasília. Ele e seu advogado só conversam em código.

Todas as falas são gravadas, mas a polícia não consegue decifrá-las. Não se sabe se Bolsonaro e Wassef só falam em código ou se tocam de ouvido. Não seria estranho. Nas organizações criminosas, é um cuidado corriqueiro, que Wasseff não teve e se complicou.

Complicou também a vida do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, preso desde maio último numa das dependências do Exército, e, por extensão, a vida do pai dele, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.

O que Wasseff contou, em entrevista coletiva na terça-feira (15/8), está aquém do que a Polícia Federal já sabe sobre o roubo de joias do Estado brasileiro para enriquecer Bolsonaro, a venda de parte delas nos Estados Unidos e a recompra quando o crime foi descoberto.

Wasseff, que há dias disse que nada tinha a ver com o caso das joias, agora admite que teve. Estava de férias em Nova Iorque, ouviu falar sobre o assunto e, sem que ninguém pedisse, recomprou por US$ 49 mil o Rolex de Bolsonaro.

Um ato de caridade, por certo. Ou uma demonstração de amor por seu cliente. A manobra para devolver as joias roubadas, se bem-sucedida, livraria o ex-presidente de ser acusado de mais um crime – o da tentativa de obstrução de justiça. Pois é do que se trata.

Bolsonaro poderá até não ser preso pelo roubo; afinal, quando um político poderoso corre tal risco por excesso de provas que o condenam, a Justiça dá uma deixa para que continue solto. Com base na jurisprudência aqui estabelecida, tem sido assim.

Mas Wasseff não é político, não é poderoso. É apenas um rábula que ganhou fama ao transgredir a lei sempre que Bolsonaro precisou. Ficou rico por essas e outras coisitas. Nem Bolsonaro nem ninguém moverá um dedo para evitar que ele seja preso.

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