Se tivesse três pés, Geraldo Alckmin, no momento, estaria com um no PSDB, outro no PSD e o outro no União Brasil, sigla que vai resultar da fusão do DEM com o PSL. Candidato ao governo de São Paulo, trabalha para que Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, derrote João Doria nas prévias que em 21 de novembro indicarão o candidato do PSDB a presidente da República.
Se isso acontecer, Alckmin poderá concorrer às prévias que em data ainda a ser marcada escolherão o candidato do PSDB ao governo de São Paulo. Caso até lá conclua que acabará derrotado, sairá do PSDB com destino ao PSD ou ao União Brasil. Está mais inclinado a ir para o União Brasil, mas não dispensará o apoio do PSD que lhe foi garantido pelo ex-prefeito Gilberto Kassab.
Doria está convencido que vencerá Leite com facilidade. Por sua vez, Leite está convencido que se perder será por pouco, mas que ainda pode ganhar. O PIB paulista aposta suas fichas em Doria e está jogando pesado a favor dele. A orientação é atender com generosidade aos pedidos dos que admitem votar em Doria. Leite carece de uma retaguarda de tal natureza.