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Faça uma ideia de quanto custa a Bolsonaro o apoio do Centrão

Ele disse que jamais se renderia ao toma-lá-dá-cá, mas foi o que fez

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro PL
1 de 1 Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro PL - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Para quem se elegeu com a promessa de não se render ao Centrão, grupo dos maiores partidos fisiológicos do Brasil, o que fez o presidente Jair Bolsonaro se não render-se?

PP, PL e Republicanos, os três mais importantes partidos do Centrão, comandam, hoje, 32 pontos chaves da administração federal, segundo levantamento do jornal O Globo.

Sob o controle deles, 149,6 bilhões de reais do Orçamento da União; fora 901 milhões de reais da parte secreta do orçamento que o Supremo Tribunal Federal quer saber no que é gasta.

A cifra de 151 bilhões de reais é maior que os orçamentos deste ano dos ministérios da Defesa (116,3 bilhões) e da Educação (137 bilhões); e só um pouco menor do que o da Saúde (160 bilhões).

Emendas parlamentares são indicações feitas exclusivamente por deputados federais e senadores de como o Executivo deve gastar a cada ano parte do dinheiro do Orçamento.

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro pagou o volume recorde de emendas: 25,1 bilhões de reais, destinados a obras em redutos eleitorais de parlamentares.

Os números mostram como o Congresso ampliou seu controle sobre o Orçamento da União ao longo dos anos. O processo começou antes de Bolsonaro, mas acelerou durante o seu governo.

Funciona como uma espécie de toma-lá-me-dê-cá. O governo libera o dinheiro em troca de votos para aprovar no Congresso seus projetos. Justamente o que Bolsonaro negou que faria.

A desculpa que ele dá para isso: só se governa assim. Ele disse que jamais governaria assim. Mentiu!

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