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Derrota da extrema-direita na Espanha é um alívio para a democracia

Detido, por enquanto, o avanço dos ultraconservadores na Europa

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Imagem colorida de Alberto Núñez Feijóo, líder da direita espanhola
1 de 1 Imagem colorida de Alberto Núñez Feijóo, líder da direita espanhola - Foto: Reprodução

A três ou quatro horas da abertura das urnas, ainda dava-se como certo ou provável que o Partido Popular (PP) e o Vox, da extrema-direita, poderiam ganhar as eleições para renovação do Congresso e passariam a governar a Espanha.

Derrotariam o Partido Socialista dos Trabalhadores Espanhóis (PSOE) e as demais siglas de esquerda que a ele se alinhassem. Pela primeira vez desde o fim da ditadura do general Francisco Franco há cinco décadas, a extrema-direita voltaria ao poder;

À 1h de hoje, horário de Madrid, com 100% dos votos apurados, o PP havia conquistado 136 assentos contra 122 do PSOE. O Voz conquistou 33 assentos – bem abaixo dos 52 conquistados na eleição anterior. E os aliados do PSOE, 31 assentos.

Para governar a Espanha, são necessários, no mínimo, 176 assentos no Congresso, de um total de 350.  O PP e o Vox, juntos, têm garantidos 169 assentos, e o PSOE e seu principal aliado, o Sumar, uma coligação de partidos de esquerda, 153.

Há partidos independentes que estarão representados no Congresso. É com eles que o PP e o PSOE negociarão a partir de agora para formar maioria. Para o PSOE, que governa, parece mais fácil. Na reta final da campanha, o PP e o Vox perderam tração.

Se nenhum dos lados formar maioria, daqui há semanas novas eleições serão convocadas. Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha (PSOE), classificou como duro o embate “entre as forças do progresso e as forças do conservadorismo reacionário”.

Alberto Núñez Feijóo, líder do PP, agradeceu a quem ajudou o seu partido a vencer e disse que pretende tentar montar o governo o mais rapidamente possível. A extrema direita que governa a Itália, a Polônia e a Hungria apoiaram o PP e o Vox.

A vitória na Espanha daria à extrema direita um peso enorme no Conselho da União Europeia, com mais de 35% dos votos, patamar que permite bloquear qualquer iniciativa ali. O Vox, porém, perdeu boa parte dos 3,6 milhões de votos que obteve em 2019.

Além da Itália, Polônia e Hungria, a extrema-direita na Europa governa a República Checa, participa do governo da Finlândia e apoia o atual governo conservador da Suécia.

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