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Boletim do golpe (XX) – Sinais de que Bolsonaro não sabe se vai dar

O ensaio marcado para 7 de setembro perde força

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro, primeira dama Michelle Bolsonaro e ministros acompanham a cerimônia Cerimônia de Cumprimento aos Oficiais-Generais promovidos no Palácio do Planalto 8
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro, primeira dama Michelle Bolsonaro e ministros acompanham a cerimônia Cerimônia de Cumprimento aos Oficiais-Generais promovidos no Palácio do Planalto 8 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Estava nos planos de Bolsonaro, e também no de facções das Forças Armadas, milícias, colecionadores de armas e alguns empresários rebelarem-se caso Lula fosse eleito em outubro.

Mas a situação mudou. O governo americano posicionou-se contra o golpe. A sociedade civil uniu-se em defesa da democracia. E as bondades do governo não deram os resultados esperados por ele.

“Não vai ter golpe”, diz o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. “Chances zero”. Segundo ele, não passava “de retórica política”. E falar em golpe sem aplicá-lo não é crime, só ameaça.

Alexandre de Moraes, o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, não pensa assim. Investiga como possíveis crimes os ataques e o financiamento de atos hostis à democracia.

É bem possível que a investigação acabe arquivada se for pacífica a transição deste para o futuro governo. O Brasil é um país que prefere acordo à ruptura para que tudo permaneça como está.

Bolsonaro é ignorante, burro não é. Antes mesmo do término da solenidade de posse de Moraes, concluiu que caíra numa arapuca. Ouviu o que não queria; e Lula, não ele, atraiu as atenções.

Talvez por não saber o que fará, ou apenas em um recuo tático, calou-se durante conversa com seus devotos que à saída do Palácio da Alvorada o incentivaram a seguir batendo duro na Justiça.

A expectativa dessa gente é que continue a pancadaria presidencial nas urnas eletrônicas e no sistema de apuração dos votos. Os conselheiros políticos de Bolsonaro se opõem a isso.

Os filhos Zero divergem. Carlos Bolsonaro, que cuida da voz do pai nas redes sociais, quer ver o circo pegar fogo. Flávio Bolsonaro, que cuida da parte visível da campanha, é a favor de baixar a bola.

Os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica comunicaram ao prefeito do Rio que não haverá mais desfile militar de 7 de setembro nem no centro da cidade e nem em Copacabana.

É possível que aviões da FAB sobrevoem a praia ao cair da tarde, barcos da Marinha se lancem ao mar e que Bolsonaro promova um comício para não decepcionar de todo os banhistas que o apoiam.

Seria algo, pois, muito aquém do que possa ser apresentado como ensaio do golpe. A ver. Bolsonaro está desesperado com a eventual derrota que se aproxima, e ele não merece a menor confiança.

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