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À espera da nova onda do vírus, e na torcida para que não venha

Média de mortes só faz cair, mas a média de novos casos de infecção subiu nos últimos 15 dias

atualizado

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Gustavo Alcântara/Especial Metrópoles
Vacinação contra Covid-19 em pessoas com comorbidades e gestantes no estacionamento 13 do Parque da Cidade
1 de 1 Vacinação contra Covid-19 em pessoas com comorbidades e gestantes no estacionamento 13 do Parque da Cidade - Foto: Gustavo Alcântara/Especial Metrópoles

Acendeu a luz amarela em gabinetes de autoridades médicas de Estados populosos. No país, a média de mortes caiu continuamente nos últimos 30 dias. Mas a média de casos subiu nos últimos 15 dias com a circulação recorde de pessoas, diz  Atila Iamarino, doutor em ciências pela Universidade de São Paulo.

No momento em que o país soma mais de 430 mil mortes pela Covid-19 e somente 12% da população adulta está completamente imunizada contra o coronavírus, nove em cada dez brasileiros com 18 anos ou mais (91%) pretendem se vacinar ou já se vacinaram, aponta pesquisa Datafolha. Mas falta vacina

Os números da pesquisa confirmam a tendência de crescimento da adesão à imunização. Em dezembro último, os pró-vacinas somavam 73%. Em janeiro, após a aplicação das primeiras doses, o percentual deu um salto para 81%. Chegou a 89% em abril, no pico da segunda onda da pandemia. Mas falta vacina.

O governo Bolsonaro foi ágil em importar e fabricar drogas ineficazes contra a Covid-19, e inepto em comprar vacinas. Dispensou 240 milhões de doses, 70 milhões nas seis ofertas da Pfizer, mais 170 milhões oferecidas pela Organização Mundial de Saúde, sem falar de 60 milhões do Instituto Butantan.

O ritmo de vacinação está sendo lento demais, na opinião de 7 em cada 10 pessoas entrevistadas pelo Datafolha. Mas a lentidão se explica: falta vacina. Sobram drogas que não funcionam.

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