José Dirceu está recolhido. Por decisão própria e por saber de certo constrangimento e do tamanho do ruído que causa eventuais aparições públicas ao lado de lideranças petistas, em especial de Lula, que vai pisando em ovos neste momento que lidera a campanha eleitoral.
O ex-ministro e homem forte do primeiro mandato de Lula tem defendido a presença de Geraldo Alckmin na chapa ao lado do ex-presidente, ao contrário de José Genoino, seu amigo de fundação do PT. O ex-chefe da Casa Civil já fez uma declaração nesse sentido durante encontro em um sindicato em Brasília, no ano passado, logo que começaram os burburinhos sobre a chapa com o ex-tucano.
Dirceu não irá forçar a barra para um encontro com Lula. O episódio ocorrido com Dilma Rousseff, que foi ignorada no jantar em São Paulo que juntou Lula e Alckmin e exposta em declarações de lideranças petistas como alguém fora do jogo político, está no radar de Dirceu. Ele sabe que uma foto ao lado de Lula, ao menos até a eleição, pode não ser eleitoralmente compreendida.
Uma das últimas aparições públicas de Dirceu, além do encontro com alguns petistas num sindicato, foi num ato “Fora, Bolsonaro”, em setembro de 2021.