No núcleo principal do futuro governo, o cálculo é que em dois meses,  no máximo, essa mobilização de bolsonaristas estará completamente esvaziada e, com a produção de notícias da gestão petista, esses atos serão coisa do passado. Ao menos nessa intensidade.

Os auxiliares mais próximos de Lula classificam essa movimentação de “bolsonarismo de rua”. Dizem que, sem estarem oficialmente no comando do país, pouco poderão fazer. O centro dessa confusão é Brasília, onde não há por parte dos governos distrital e federal vontade de encerrar essa crise.

O quase ministro da Justiça, Flávio Dino – faltam quatro dias -, já deixou claro que ainda no primeiro dia da gestão de Lula medidas serão implementadas contra esses arruaceiros. Ele disse não se pode dar margem para o “vácuo de poder”.

Traduzindo, é mais ou menos o seguinte: Bolsonaro caiu fora, é um minuto de espera e agir. Mesmo sem ter plenamente a Polícia Militar a seu lado, o governo federal tem a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança. Homens serão usados.

Sem Bolsonaro no Alvorada e no Planalto, Lula, seus ministros e militância acreditam que as forças que representam estarão nas ruas. Não necessariamente em cercadinhos ou em frente a quartéis ou algo que o valha. Estarão nas ruas no sentido da presença de governo.

O CCBB será passado e Lula começará logo com atos no Planalto. Quer mostrar logo que o país está “sob nova direção”.